SINAL é lacrada e acusada de crime ambiental
   30 de setembro de 2020   │     8:43  │  0

Ambientalistas temem contaminação no lençol freático da região

O passivo ambiental deixado pela Braskem não para de crescer, e a cada semana e que se descobre mais um e nos leva a conclusão da total falta de respeito com o meio ambiente e com a vida humana. Desta vez foi a descoberta de que a Sinal, empresa que pertence a Braskem, vinha funcionando sem a devida licença ambiental, há mais de 20 anos, no polo industrial de Marechal Deodoro

A Sinal é responsável em receber resíduos altamente perigosos ao meio ambiente, classificado com categoria 1. Como não bastasse a tragédia causada a milhares de famílias dos bairros do Pinheiro, parte de Bebedouro e Mutange, a empresa agora deverá responder por danos ambientais, nos tabuleiros de Marechal Deodoro.

Os órgãos ambientais ainda não têm um relatório da extensão dos danos causados, mas se estipula que pode ter atingido o lençol freático da região, onde existe o rio dos Remédios e vários afluentes que desaguam nos canais das Lagoas Mundaú e Manguaba. Vale lembrar que os registros dos casos de mortandade de peixes nestas lagoas, sempre foi creditado a Indústria Açucareira e também a prática de uso de agrotóxicos nas plantações de cana-de-açúcar. Entretanto com a descoberto das irregularidades nas SINAL, os antigos “vilões” para mortandade dos peixes mortos, pode ser outro.

Flagrantes do IMA

Na última segunda segunda-feira (28), segundo release da assessoria de imprensa do IMA, “a empresa foi autuada durante a segunda edição da Fiscalização Integrada do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (FIIMA/AL). A unidade industrial, situada no município de Marechal Deodoro, recebeu multa de aproximadamente R$ 200 mil.

A equipe de fiscalização do IMA constatou o vencimento da licença ambiental, a irregularidade da destinação de resíduos sólidos e também a não manifestação de transportes que sejam próprios para resíduos perigosos.

De maneira imediata, foi realizado o auto de infração e proibida a destinação dos resíduos sólidos na unidade que a empresa possui. Uma intimação foi feita para que se destinem esses resíduos em locais ambientalmente licenciados.

As ações da FIIMA/AL estão acontecendo em várias regiões de Alagoas e tem o intuito de combater irregularidades bem como instruir pequenos empreendimentos a buscarem regularização no Instituto”, conclui o comunicado do IMA.

Com a lacração da SINAL fica agora a indagação para onde estarão enviando agora o resíduo categoria 1, altamente perigoso ao meio ambiente?

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