Vereador denuncia V2 Ambiental por crime ambiental no aterro sanitário de Maceió
   1 de março de 2022   │     18:29  │  0

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Mais uma vez a empresa V2, responsável pelo aterro sanitário de Maceió, volta a ser denunciada. Desta vez o presidente da Comissão e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores, delegado Fábio Costa denuncia a V2 por irregularidades e violações das leis ambientais, encaminhando  documentos e relatórios ao Ministério Público Federal.

O vereador solicita investigação sobre os crimes de transbordamento e infiltração do chorume no solo, continuidade no depósito de resíduos no entorno, erosões, rupturas, falta de drenos para os resíduos líquidos e para extração de gases que são gerados pela decomposição, ausência de tratamento e destinação correta do chorume, ausência de cercas que delimitem a área (o que permite que qualquer pessoa tenha acesso ao local). O parlamentar que tem a missão na Câmara de fiscalizar a situação ambiental na capital realizou pessoalmente uma visita de fiscalização ao aterro sanitário administrado pela V2, onde constatou os crimes ambientais relatados.

“A empresa assumiu no contrato de concessão, há mais de dez anos, uma série de medidas de recuperação do vazadouro (lixão) de Cruz das Almas, em sua totalidade. E o que nós vimos é que ela deixou de cumprir diversas obrigações contratuais, chegando inclusive, a ser autuada em quase R$1.000.000,00 (um milhão de reais) pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) por danos ambientais encontrados na localidade durante fiscalização”, confirmou Fábio Costa.
De acordo com ele, diversos acontecimentos poderiam ter sido evitados, caso o projeto básico fosse cumprido. “Houve um grande investimento por parte da Prefeitura de Maceió para desativar e recuperar o antigo lixão e hoje o que vemos é uma verdadeira omissão por parte da empresa responsável na recuperação ambiental daquela área”, lamentou.

Outro agravante é que veículos com cargas de chorume oriundas do aterro sanitário estão despejando substância líquida, densa, escura e fétida, diretamente nos dutos do emissário submarino sem que tenha sido observado qualquer tipo de tratamento aplicado para reduzir ou neutralizar a carga extremamente poluidora que é pertinente ao chorume.
“Se não cuidarmos do problema agora, que futuro nós vamos deixar para os maceioenses? Vai chegar um tempo (que já estamos vivendo) em que as nossas praias ficarão impróprias para banho, além de exalar um cheiro desagradável àqueles que caminham em nossa orla. Esse é o meu papel, estarei fiscalizando e levando às instituições situações de desrespeito ao meio ambiente e à população”, afirmou.

Fonte: IMA e site 7segundos.com.br

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