Hotelaria: Brasil continua sendo um bom mercado para investimentos
   14 de abril de 2021   │     12:32  │  1

Vila Galé Alagoas com previsão de conclusão das obras para julho de 2020 com 508 apartamentos e vai gerar cerca de 600 postos de trabalho

O Brasil continua sendo um mercado para atividade turística bastante convidativo para investimentos na hotelaria e esta constatação foi realizada através de pesquisa realizada pela HotelInvest e o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), que finalizaram mais uma edição do Panorama da Hotelaria Brasileira de 2021.

O foco é identificar como os investimentos em hotelaria estão se comportando mais de um ano após o início da pandemia, o estudo descobriu que, na contramão do desempenho dos hotéis, que caiu mais de 50% em 2020, o volume de investimentos em novos negócios no País continua semelhante ao patamar pré-pandemia. “Um sinal de confiança dos investidores sobre o potencial de recuperação do setor em médio prazo”, diz Pedro Cypriano, da HotelInvest.

Os principais resultados do estudo da HotelInvest e do Fohb apontam que:

1 – Existem147 hotéis urbanos em desenvolvimento em 97 cidades do Brasil, com inauguração prevista até 2025 (queda de apenas 13% em comparação ao início de 2020). Durante a pandemia foram assinados 48 novos contratos.

2 – O total em investimentos chega a R$ 6,1 bilhões.

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3 – Do total de recursos, 27% estão destinados a hotéis sofisticados, com fortes marcas nacionais e internacionais, um sinal de que a hotelaria upscale aposta em um retorno forte na reta final da pandemia. Apesar dos chamados hotéis sofisticados representarem apenas 7% da oferta de UHs em desenvolvimento no país, em valores monetários eles somam R$ 1,65 bilhão ou 27% do montante total em investimento. “A oferta de luxo atual no Brasil é restrita, inferior à de diversos países latino-americanos. O expressivo investimento já em execução, com renomadas marcas nacionais e internacionais, aumentará a nossa atratividade e visibilidade como destino turístico”, ressalta Diogo Canteras, sócio-fundador da HotelInvest.

4 – De olho na força das marcas e no know how das redes, os contratos de franquias ganham força, e já representam quase um terço do pipeline total no País.

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5 – Os chamados condo-hotéis perdem participação como modelo de desenvolvimento, inclusive as ofertas públicas.

6 – Tendência em todo o mundo, os hotéis lifestyle ainda são poucos no pipeline (12%).

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POR REGIÃO
Entre a nova oferta (em UHs – unidades habitacionais), predominam os empreendimentos econômicos e midmarket (93%), de marcas tradicionais (88%), localizados nas regiões Sul e Sudeste (77%) e em cidades de pequeno a médio portes, com até 500 mil habitantes (65%).

Na edição anterior, o Panorama indicava 169 novos hotéis em desenvolvimento. Destes, 24 abriram em 2020, 46 projetos foram cancelados, porém 48 novos contratos foram assinados. “Já se esperava que o total de UHs em desenvolvimento no País caísse em razão da pandemia. No entanto, a queda foi baixa (-12,1%), atenuada pelos novos projetos confirmados. Um sinal claro de confiança dos investidores no potencial de recuperação do setor”, afirma Pedro Cypriano.

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REVPAR
Se os indicadores de novos projetos em desenvolvimento no Brasil são positivos, a realidade atual dos hotéis em operação é mais preocupante. Em 2020, o índice de RevPAR (Receita por apartamento disponível) caiu de 34%, em Vitória, a 71%, em São Paulo, dentre as cidades analisadas no Panorama. O Rio de Janeiro obteve os melhores resultados em ocupação (menor queda) e Revpar (maior índice). A cidade também tem uma expectativa baixíssima de novos hotéis: +0,9% de oferta, com apenas três hotéis.

“Os novos investimentos são excelentes para o País. Milhares de empregos e milhões em tributos serão gerados. Porém, em curto prazo as perspectivas são preocupantes. No primeiro trimestre de 2021, os hotéis continuaram em prejuízo operacional e as quedas de tarifa preocupam”, analisa o presidente-executivo do Fohb, Orlando de Souza.

Pedro Cypriano, da HotelInvest

Pedro Cypriano, da HotelInvest

PERSPECTIVAS
Até junho, a HotelInvest e o FOHB esperam meses muitos difíceis para a hotelaria, especialmente para os destinos de negócios. Vacinados os grupos de risco e o processo de imunização ganhando tração pelo país, a recuperação do setor deve se intensificar, porém apenas no segundo semestre. Nos Estados Unidos, país mais avançado no controle da pandemia, a ocupação já se aproxima a 85% do patamar pré-covid. “No último trimestre de 2020, vimos uma reação mais rápida dos mercados regionais e de lazer, o que deve voltar a se repetir. Na sequência, com mais vacinas à população, especialmente a abaixo de 60 anos, é possível que os saltos em ocupação sejam mais fortes também para os nossos hotéis corporativos”, salienta Cypriano.

“Em médio prazo, seguimos confiantes na recuperação total do setor e em um ambiente próspero para novos investimentos. Para tanto, estabilidade política, controle sanitário e uma agenda de reformas e de crescimento econômico são fundamentais”, finaliza Canteras.

Acesse o estudo completo em: https://hotelinvest.com.br/?p=4459

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