Os moradores das proximidades do aterro sanitário de Maceió, denunciaram que o mau cheiro produzido pelo Aterro Sanitário de Maceió se agravou e que a situação é insustentável. O problema afeta aos moradores dos bairros de Guaxuma, Riacho Doce, Carminha e Alto do Cruzeiro.
Umas das comunidades mais afetadas com a poluição gerada é a do distrito do Andraújo. A situação é denunciada desde 2019 quando a líder comunitária Dona Isaura relatou que haviam prometido à comunidade, quando o projeto ainda estava em discussão que não haveria problemas. “O mau cheiro é terrível! E os caminhões passam por dentro da comunidade transportando lixo doméstico, lama e até restos de hospitais, dentro das caçambas descobertas”, denunciou ela na época ao nosso blog.
Alto do Cruzeiro
José Santos e Edimilson de Souza, moradores do Alto do Cruzeiro em Riacho Doce, na comunidade do Conjunto Sonho de Antônio Duarte, também relataram, na época, que a situação é insustentável devido ao mau cheiro causado pelo Aterro Sanitário de Maceió. Segundo eles à noite os moradores não conseguem dormir e a situação se agrava a cada ano.
“É terrível! A noite não conseguimos dormir nem fazer nossas refeições devido ao mau cheiro”, disse Antônio Santos, que mora no local há cinco anos. Nos últimos anos, junto com o mau cheiro, outro problema tem surgido. Segundos os moradores que são as mosca tomaram conta da região, fato que constitui indícios de que o aterro sanitário não vem funcionamento de acordo com as normas ambientais.
Praias ameaçadas
Os problemas causados pelo funcionamento do aterro sanitário na chamada Bacia Hidrográfica do Pratagy chegaram às praias de Guaxuma, Riacho Doce de Gurgury, onde existem vários empreendimentos hoteleiros, imobiliários e condôminos.
Segundo os moradores de Guaxuma, o mau cheiro oriundo da presença do aterro sanitário de Maceió, já está presente nas casas localizadas no Litoral da região, entre a Praia da Seria e Guaxuma.
Segundo o relato dos moradores todo final de tarde se pode sentir o mau cheiro do lixo que vem do aterro sanitários, com o “terral” que sopra do continente para o mar.
A região em volta do Aterro Sanitário é de mata atlântica e com muitos recursos hídricos e muito próximo do rio Pratagy, principal manancial de fornecimento de água para Maceió, além de estar a menos de 5 quilômetros das praias.
O grande erro foi a escolha da região de mata atlântica e muitos rios para se instalar um equipamento sanitário quer proporcionar tantos riscos para o meio ambiente.
O problema de poluição ambiental, se agrava já que a expansão imobiliária urbana da capital avança e encontra esse problema ambiental terrível. Os problemas ambientais causados pela presença do aterro sanitário de Maceió na região já estão afetando o mercado imobiliário na região, pois o mau cheiro é sentido todos os dias o que faz desvalorizar os imóveis e empreendimento que estão sendo consolidados.
Um outro problema grave é quanto ao chorume produzido pelo Aterro Sanitário, já que toda área onde está funcionando está saturada e não tem mais espaço para colocá-lo, fato que tem levado a empresa que operacionaliza o aterro a transportar este produto perigoso para outro lugar, um dele é o emissário submarino de Maceió, e por consequências se pode notar as manchas escuras nas praias, já que a maré traz de volta o chorume.