Monthly Archives: maio 2019

Já pensou em casar no Shopping?
   15 de maio de 2019   │     8:00  │  0

Uma forma criativa de casar passa a acontecer a partir desta quinta-feira (16), à noite. O Arapiraca Garden Shopping servirá de espaço para celebração de casamentos, se transformando em um local inesquecível para pessoas que se compromete em viver uma vida a dois para sempre. A Praça de Eventos receberá uma decoração especial para receber os noivos e padrinhos, assim como os visitantes que poderão assistir a cerimônia.
A organização do evento é da Fábrica de Sonhos Assessoria e Cerimonial. O projeto, chamado de Casamento Real, poderá ser acompanhado por quem estiver no Shopping durante a cerimônia.

De acordo com Ivanildo Oliveira, idealizador da iniciativa, a intenção é mostrar que o sonho do casamento pode ser realizado, apesar das dificuldades financeiras, que muitas vezes adiam os planos.

“Reunimos fornecedores que estarão juntos neste importante momento da vida desses três casais. Será uma oportunidade para mostrarmos como o comércio de casamento é bem diversificado. Será uma noite incrível”, comentou.

Além da cerimonia, haverá também um workshop, com direito a exposição de empresas que trabalham no segmento, como decoração, buffet, convites, iluminação, música e muito mais.

Para maiores informações, entrar em contato através do telefone: 99424.0

Insustentável: moradores em Arapiraca pedem interdição de graxaria dentro da Frigovale
   14 de maio de 2019   │     11:28  │  2

O presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário dos Moradores do Conjunto Brisa do Lago em Arapiraca, Pastor Marcelo Ramos, disse que a situação das 2.900 famílias que residem na comunidade é insustentável. Segundo ele a poluição aérea causada pela empresa Campo do Gado, que funciona dentro do frigorífico Frigovale são a causas. Pastor Marcelo, como é conhecido disse que a comunidade pretende ir às ruas protestar com contra os crimes contra o meio ambiente e também os danos à saúde pública que estão sendo cometidos e pedir justiça.

O representante comunitário e religioso disse que a vida humana está acima de qualquer coisa e relatou o desespero vivido da população, depois da liminar concedida pela justiça, que liberou o funcionamento da graxaria, que foi interditada pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) semana passada.

“O mau cheiro havia desaparecido e voltamos a respirar”, disse ele. “Entretanto com a liberação dada pela Justiça para o funcionamento, a situação piorou porque eles incineram material acumulado de três dias com a agravante porque estava podre”, disse o representante da comunidade.

Pastor Marcelo Ramos a empresa Campo do Gado está processando restos de animais de vários lugares inclusive de outros estados. “Caminhões carregando restos de animais chegam diariamente a Frigovale. Material podre cujo odor é sentido a distancia”, disse ele.

IMA

O IMA, através de sua assessoria enviou um documento relatando as inúmeras irregularidades cometidas pela empresa Campo do Gado, que não possui licença ambiental para funcionar.

Ação realizada no dia 08/05 em Arapiraca na empresa CAMPO DO GADO. Equipes: ADEAL, IMA, BPA.
A indústria Campo do Gado foi autuada e interditada por prosseguir em atividade potencialmente poluidora sem licença ambiental, descarte irregular de resíduos sólidos, lançamento de efluentes sem tratamento diretamente no solo e por possui madeira nativa para uso da caldeira sem DOF. O valor total das multas aplicadas chega a R$97.556,40 reais.
Foram também aprendidos 4 caminhões com resíduos de origem animal com uma carga estimada de 15 toneladas. Os caminhões nao possuíam autorização para transporte de resíduos perigosos.
O BPA conduziu a responsável técnica Carla até a delegacia onde foi lavrado um boletim de ocorrência e a mesma negou-se a assinar as autuações
”.

Audiência

O representante da comunidade disse que a paciência da comunidade está acabando e que eles têm buscado negociar com a Frigovale e a Campo Grande uma forma de solução do problema ambiental e de também de saúde pública, mas a situação é desespero.

Pastor Marcelo Ramos lamentou a ausência do IMA na audiência pública realizada na segunda-feira (13). “A presença do IMA seria importante porque a Juíza, responsável pela 2 Vara Cível, Clarissa Oliveira, poderia ter acesso ao laudo que diz que a empresa Campo do Gado, não tem licença ambiental para funcionar”, disse ele. O IMA justificou a ausência alegando que não recebeu a convocação.

“São milhares de pessoas que estão sofrendo com essa situação e que deveriam ser levadas em consideração. São 2.900 famílias e prejudicadas na saúde e no direito a educação nas escolas do bairro”, declarou ele.

Pastor Marcelo disse que a comunidade esta disposta e ir para às ruas protestar e que aguarda as 72 horas, que foram datas para o IMA apresentar o laudo de interdição da empresa Campo do Gado. “Vamos realizar uma grande assembleia geral dos moradores com a cinco associações para cobrar uma solução em favor das vidas das pessoas”, disse ele, acrescentando que agora a única esperança está nas mãos da magistrada Clarissa Oliveira da 2 º Vara Cível de Arapiraca.

CVC paga R$ 10 mi com reembolso de cancelamentos da Avianca Brasil
   13 de maio de 2019   │     18:47  │  1

 

 

Luiz Fernando Fogaça, CEO da CVC Corp comentou os resultados da empresa no primeiro trimestre desse ano e revelou que ocorreu despesas na ordem de R$ 10,2 milhões a título de reembolsos e reacomodações de clientes da companhia aérea Avianca Brasil. Os número foram apresentados em teleconferência.
O representante da CVC Corp declarou que ainda é cedo para precisar o impacto que a crise da companhia aérea causará nos próximos resultados da empresa. “Estamos no aguardo da decisão final, se o leilão vai ou não acontecer. Já estamos trabalhando e conversando com toda a indústria para iniciar um processo proativo de reacomodação dos passageiros nas companhias congêneres”, disse.

Fogaça comentou que a empresa está se adiantando no mundo digital e trabalhando novas ferramentas com a introdução de novas tecnologias e plataformas que irão potencializar a experiência dos consumidores. Segundo ele, a área digital da empresa, que hoje conta com 140 colaboradores, deverá terminar o ano com aproximadamente 200 funcionários.

Resultados

O lucro líquido ajustado da CVC Corp no Brasil foi de R$ 108,2 milhões no primeiro trimestre de 2019, aumento de 17,5% em relação ao 1T18. Incluindo as operações da Argentina, o crescimento Pro Forma foi de 19,9%, atingindo R$ 105,5 milhões no 1T19.

A receita líquida das operações no Brasil foi de R$ 440,3 milhões no 1T19, aumento de 14,4% se comparado com o mesmo período do ano passado. Incluindo as operações da Argentina, o crescimento Pro Forma da receita líquida no 1T19 foi de 11,3%.

 

Descoberta arqueológica será responsabilidade da prefeitura de Porto Calvo
   11 de maio de 2019   │     6:46  │  1

 

Uma das descobertas mais importantes, segundo a Unesco, nos últimos dez anos na América Latina, o Fortim Bass será entregue oficialmente a tutela e responsabilidade da administração pública municipal de Porto Calvo, cidade localizada à 69 quilômetros de Maceió, estado de Alagoas, Nordeste do Brasil.

O Estado de Alagoas, no inicio do século XVI fazia parte do território da antiga Capitania de Pernambuco, que sofreu a invasão holandesa comandada pelo príncipe Mauricio de Nassau, fundando a cidade de Olinda.

Nassau estendeu os domínios do chamado Brasil Holandês entre Pernambuco e a cidade de Penedo no rio são Francisco, um período considerado de prosperidade e respeito aos brasileiros. Várias batalhas foram travadas entre portugueses e holandeses neste período e muitas fortificações foram erguidas.

Entretanto em Alagoas, praticamente todas foram destruídas ao longo do tempo, como o Forte Nassau em Porto Calvo, que ficava onde hoje é o hospital municipal. O antigo forte resistiu ainda até a década de 70 e 80, quando foi demolido e seus pertences (canhões, balas, espadas e capacetes encontrados enterrados) delapidados, sendo parte os achados levados para cidade de Salvador na Bahia, com destino desconhecido, segundo relatos de moradores antigos da cidade, em reportagem nossa realizado em 1999, na Gazeta de Alagoas.

Noticias de outras fortificações nos chegaram também através de informações orais dadas pelo saudoso colega jornalista Valmir Calheiros, que era um pesquisador e apaixonado pela histórica de Alagoas.

Segundo ele outros “fortes” existiam ao longo da Costa Alagoana. Dois deles ainda resistiram ao tempo até a década de 70: um em Paripueira, próximo ao rio, que também leva o nome de “Rio do Forte” e o outro em Penedo que foi destruído pelos portugueses.

Entretanto o Ipan não descarta a possibilidade de existirem outras pequenas fortificações na região Norte e segundo o superintendente do Iphan Mário Aloisio, o órgão está realizando pesquisas com essa finalidade.

Solenidade

A solenidade de passagem da tutela acontece no dia 15, às 15 horas no local onde esta o Fortim, na Ilha do Guedes, às margens do rio Manguaba e contará com a presença do ministro da cidadania Osmar Terra, além do governador Renan Filho e a presidente do O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) Kátia Bógea, além do prefeito David Pedrosa.
O Fortim Bass é o único exemplar de fortificação de terra, do Período Holandês, que chegou íntegro aos dias atuais, pois se encontrava soterrado, ressurgindo de informações que o Iphan obteve de resquícios de construção do inicio da colonização do Brasil.

Responsabilidade

O prefeito David Pedrosa se comprometeu que sua gestão cuidará com todo o zelo do patrimônio histórico e que será feito um projeto para que o local seja um ponto de atração turística.

Os empresários que integram o trade turístico da região aguardam com ansiedade a instalação do projeto com infraestrutura para receber visitantes, como restaurantes, área de estacionamento de veículos, porto de atração de embarcações, além de um projeto ambiental que busque resgatar um pouco da paisagem vegetal da época com árvores.
A restauração do Fortim Bass iniciou no dia 19 de novembro de 2017 e teve a primeira etapa concluída no começo de maio do ano passado com a pesquisa e montagem da estrutura da fortificação. O trabalho foi feito pela Arqueolog Pesquisas. A última fase que inclui a plantação do gramado iniciou em janeiro de 2019 e será concluída agora em maio, sendo entregue ao município na próxima quarta-feira (15).
O superintendente do Iphan em Alagoas, Mario Aloísio Barreto, informou que após todas as etapas serem concluídas vai reunir Prefeitura de Porto Calvo e Governo do Estado para viabilizar meios para a exploração turística da fortificação do período Holandês no Brasil. Entre as propostas está a criação de uma Parque Regional Histórico, integrado por outros municípios da região como Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi.

Detalhes
O Fortim Bass fica localizado na Ilha do Guedes, às margens do Rio Manguaba. De acordo com o Iphan, o reduto é um provável acampamento de Johannes Lichthard, um almirante neerlandês a serviço da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, no século XVII.

No século XVII a região foi cenário de movimentações de tropas, de batalhas e de fortificações durante o embate travado entre holandeses e ibéricos pelo território brasileiro. Em Porto Calvo, entre 1637 e 1645 , ocorreram cercos e batalhas que alternaram a sua posse, até que a campanha conduzida pelo conde Maurício de Nassau, após batalha decisiva, o conquistou, expulsando as tropas ibero-brasileiras para a Bahia.
 

Reportagem de 20 anos atrás já denunciava perigos da exploração de sal-gema em Maceió
   10 de maio de 2019   │     7:53  │  2

 

O drama que vive hoje milhares de famílias dos bairros do Pinheiro, Mutange e parte de Bebedouro e Farol era uma tragédia anunciada 20 anos atrás por ambientalistas que tive a oportunidade de entrevistar. O alerta foi dado inclusive por especialistas internacionais dos perigos que Maceió sofre com a exploração de sal-gema. Cavernas enormes se formaram embaixo da cidade com perigo inclusive da movimentação das águas da Lagoa de Mundau, sobre a qual ainda não foi realizada avaliação do impacto da movimentação do solo  que existe no fundo.

Tragédias vividas hoje por milhares de famílias poderiam ser evitadas se os governos ouvissem os ambientalistas e levasse em conta os alertas realizados através da imprensa. Atualmente Maceio possui dois grandes problemas com perigo de tragédias envolvendo vidas: o aterro sanitário e os perigos produzidos pelo chorume e o aeroporto com os obstáculos físicos (antena de operadora de celular e prédios)  que colocam em risco todos os dias os voos

Abaixo na integra a matéria publicada realizada por mil há 20 anos e publicada no extinto jornal O Diário.

” A FÁBRICA DA BRASKEM EM MACEIÓ É A MESMA DE BHOPAL NA ÍNDIA ONDE MORRERAM OITO MIL PESSOAS.


Por Mozart Luna.

A planta da fábrica da Braskem em Maceió é a mesma que funciona em Bhopal na Índia e lá ocorreu um das maiores tragédias com indústrias químicas no mundo. Quando na época que a antiga Salgema se implantou em Maceió, no setor urbano que enfrentou o alerta dos ambientalistas, que tinham a frente jornalista Anivaldo Miranda, Freitas Neto, Selma Bandeira, Eduardo Bonfim, Denis Agra, Ronaldo Lessa e tantos outros. 

O Sindicato dos Jornalistas foi uma das entidades que mais combateu a implantação da industria da Salgema, no Pontal da Barra.
A instalação da Salgema tinha sido realizada por imposição do regime militar, que tinha como presidente da Republica o general Ernesto Geisel e o governador Divaldo Suruagy. 

Os técnicos apontavam para localização errada e perigosa da Salgema e os prejuízos que ela poderia causar a população de Maceió, Marechal Deodoro, Barra de São Miguel e Pilar.

Valeu a força do regime militar e além da fábrica foi construído um porto artificial na praia do Pontal da Barra, o único porto particular do Brasil. O general Ernesto Gesiel, depois que saiu da presidência assumiu a superintendência da Salgema, num claro ato de oportunismo. 

Lembro-me ainda que a industria para fazer calar o clamor dos ambientalista e o erro da instalação da fábrica em área urbana, calou a imprensa. Bancou ações “sociais”e como rolo compresso calou a mídia. Em Bhopal foram 8 mil vítimas fatais.

Paralelamente a tudo isso outro alerto foi realizado pelos ambientalistas o aviso de que os grandes buracos que estão sendo formados no subsolo da cidade de Maceió, com a retirada do salgema, seria utilizado para deposito de lixo radioativo. Pelo menos até hoje isso não foi feito, mas existe dentro dos planos da empresa “vender” esses espaços vazios para colocar material radioativo.

Na madrugada entre dois e três de dezembro de 1984, 40 toneladas de gases letais vazaram da fábrica de agrotóxicos da Union Carbide Corporation, em Bhopal, Índia. Foi o maior desastre químico da história. Gases tóxicos como o isocianato de metila e o hidrocianeto escaparam de um tanque durante operações de rotina. 

Os precários dispositivos de segurança que deveriam evitar desastres como esse apresentavam problemas ou estavam desligados.

Estima-se que três dias após o desastre 8 mil pessoas já tinham morrido devido à exposição direta aos gases. A Union Carbide se negou a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como
conseqüência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos.

Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química, informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde.

Infelizmente, a noite do desastre foi apenas o início de uma longa tragédia, cujos efeitos se estendem até hoje. A]Union Carbide, dona da fábrica de agrotóxicos na época do vazamento dos gases, abandonou a área, deixando para trás uma grande quantidade de venenos perigosos. A empresa tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes provocadas pelo desastre, pagando ao governo da Índia uma indenização irrisória face a gravidade da contaminação.

Hoje, bem mais de 150.000 sobreviventes com doenças crônicas ainda necessitam de cuidados médicos, e uma segunda geração de crianças continua a sofrer os efeitos da herança tóxica deixada pela indústria.

Foto ilustrativa sobre as gigantes cavernas que ficam no subsolo depois da extração da sal-gema

O Desastre. 

Na noite do desastre, as seis medidas de segurança criadas para impedir vazamentos de gás fracassaram, seja por apresentarem falhas no funcionamento, por estarem desligadas ou por serem ineficientes. Além disso, a sirene de segurança, que deveria alertar a comunidade em casos de acidente, estava desligada.

Os gases provocaram queimaduras nos tecidos dos olhos e dos pulmões, atravessaram as correntes sangüíneas e danificaram praticamente todos os sistemas do corpo. Muitas pessoas morreram dormindo; outras saíram cambaleando de suas casas, cegas e sufocadas, para morrer no meio da rua. 

Outras morreram muito depois de chegarem aos hospitais e prontos-socorros. Os primeiros efeitos agudos dos gases tóxicos no organismo foram vômitos e sensações de queimadura nos olhos, nariz e garganta, e grande parte das mortes foi atribuída a insuficiência respiratória. 

Em alguns casos, o gás tóxico causou secreções internas tão graves que seus pulmões ficaram obstruídos; em outros, as vias aéreas se fecharam levando à sufocação. Muitos dos que sobreviveram ao primeiro dia foram diagnosticados com problemas respiratórios. 

Estudos posteriores com os sobreviventes também apontaram sintomas neurológicos, como dores de cabeça, distúrbios do equilíbrio, depressão, fadiga e irritabilidade, além de danos nos sistemas músculo-esquelético, reprodutivo e imunológico”.

Cumprimos nosso dever como profissionais de jornalismo, faltou que desse eco as providências, mas nem por isso recuamos de nosso compromisso e continuamos denunciando dos crimes ambientais cometidos.