Na semana que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente é necessário lembrar que Alagoas foi o primeiro estado a encerrar todos os lixões nos municípios e de ter a primeira Usina de Produção de Biogás em funcionamento há um ano. A Unidade funciona no municípios do Pilar, região metropolitana de Maceió, onde também tem também uma moderna Central de Tratamento de Resíduos ( CTR).
O empreendimento privada vai gerar energia elétrica por biogás, oriundo do metano, gás produzido no processo de decomposição do lixo. A iniciativa da empresa Alagoas Ambiental entra para história do estado como o primeiro passo para produção de energia limpa e uma demonstração que o lixo produzido pelas cidades pode ser aproveitado.
O projeto, amplia a atuação do empreendimento, que já transforma o chorume em água limpa e a metralha em material nobre de construção civil. No município de Pilar, tem capacidade para gerar um megawatt/hora de energia, suficientes para atender a demanda de quatro mil residências. A estimativa da empresa, que conta com apenas um motor gerador em funcionamento, é ampliar a ofertada da produção de energia com a instalação de até mais quatro motores.
Pela parceria com o Banco do Nordeste, a empresa apostou no FNE Verde, linha do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste destinada a investimentos ambientalmente sustentáveis, para diversificar e modernizar o trabalho. De acordo com Tarcísio Neto, diretor da Alagoas Ambiental, a energia elétrica produzida será lançada na rede de distribuição da Equatorial, permitindo descontos de até 12% na conta de quem utilizar a fonte do biogás. O modelo de comercialização de distribuição de energia compartilhada, funciona como um tipo de consórcio com os clientes de preferência de baixa e média tensão.
“Diferente do que ocorre com a energia solar, o usuário não precisa realizar nenhum investimento na aquisição de equipamentos. A energia será gerada na usina do CTR do Pilar e comercializada pelo sistema de compensação na rede da Equatorial. Para essa parte da comercialização, fizemos uma parceria com o Grupo Gera, que tem vasta experiência nessa área”, esclarece.
Segundo ele, o ganho ambiental que a usina proporcionará corresponde a mais de 600 toneladas de CO² por ano que deixarão de ser lançadas no meio ambiente, colaborando para redução da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa e alterações climáticas. Em decorrência da diminuição desse poluente, a empresa pretende adquirir créditos de carbono, uma espécie de moeda de troca para quem reduz a emissão do gás carbônico na atmosfera, que pode ser comercializada com países que têm metas a cumprir, nessa seara ambiental.
A Alagoas Ambiental é pioneira também, no Estado, na transformação do chorume produzido pela decomposição do lixo em água limpa. O processo ocorre nos CTRs de Craíbas, onde funciona outra unidade da empresa, e de Pilar.
