Mineração assassina: quatro anos da tragédia de Brumadinho
   25 de janeiro de 2023   │     7:18  │  0

O acidente de Brumadinho, em Minas Gerais, completa quatro anos hoje e é uma das tragédias ambientais mais emblemáticas envolvendo empresas listadas na Bolsa.

A atividade de mineração é destruidora e os danos causados ao meio ambiente são irreparáveis e por isso os governos devem ter uma política especial para conceder áreas para este fim.

Em Portugal, a população reage sempre com muita repulsa quando é anunciada a instalação de mineradoras, como o lítio. Os moradores não trocam a qualidade de vida e a preservação da natureza pelas falsas promessas de emprego, que na verdade são poucos e na sua maioria vindas de outras regiões e até países.

Em Alagoas, o exemplo da atividade de exploração de Sal gema é um exemplo e que causa a maior tragédia urbana do mundo, onde bairros inteiros foram abandonados e famílias perderam seu referencial afetivo com seu passado.

No Agreste, precisamente entre os municípios de Craíbas e Arapiraca, a tragédia já é anunciada com gigantesca barragem de rejeitos instalada e que no inverno passado, já começou a sangrar rejeito para os rios temporários, que deságua no rio São Francisco. Esta ocorrência ameaça a qualidade da água que abastece todos municípios do Agreste, Baixo São Francisco e também a capital sergipana, Aracaju.

Continuamos aqui cumprindo nosso papel de jornalista, alertando para este período, assim como fizemos há 35, quando ainda estudante de comunicação e militante ambientalista fizemos sobre a atividade de exploração da Sal Gema em Maceió. Não se trata de profecia, mas da lei da natureza que vai cobrar ( e caro) a fatura.

Tragédia em Brumadinho

Na época da tragédia em Brumadinho, as ações da Vale, responsável pelo acidente sofreram uma queda de 25%, o que resultou em uma perda de R$ 70 bilhões em valor de mercado. Apesar da magnitude da tragédia, a recuperação das ações até o patamar pré-acidente aconteceu em menos de um ano.

A tarde do dia 25 de janeiro de 2019 ficou marcada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale (VALE3) no município de Brumadinho, a 62,2 km de Belo Horizonte (MG).

A avalanche de lama que se formou com a tragédia ambiental matou mais de 272 pessoas, segundo a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (Avabrum), além de destruir casas e poluir os rios Doce, Paraopeba e afluentes.

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