Monthly Archives: julho 2021

Tragédia provocada pela exploração de Sal-gema em Maceió vira documentário para o mundo
   29 de julho de 2021   │     23:08  │  0

Na semana passada, o cineasta argentino Carlos Pronzato, acompanhado do empresário e ativista social Alexandre Sampaio, iniciou uma série de entrevistas na imprensa nacional para a divulgação do documentário “A Braskem passou por aqui: a catástrofe de Maceió”, cujo pré-lançamento aconteceu em São Paulo e a estreia está marcada para o dia 5 de agosto na capital alagoana. O longa-metragem retrata o maior crime socioambiental em curso no mundo, que condenou cinco bairros na capital alagoana pelo afundamento do solo, tendo atingido cerca de 67 mil moradores, 4.500 negócios e 30 mil empregos. Com o intuito de dar visibilidade à narrativa das pessoas vitimadas acerca do caso, Pronzato, conhecido por obras sobre o crime da Vale em Brumadinho e o apagão no Amapá, juntou-se a Sampaio, que lidera movimentos de vítimas em Maceió, para romper o cerco político e econômico imposto pela mineradora no estado de Alagoas.

Em entrevista ao jornalista veterano Joaquim de Carvalho, no programa Boa Noite 247, a dupla tratou da importância histórica do documentário e deu detalhes sobre o crime que assola dezenas de milhares de pessoas em Maceió. Segundo o diretor do longa, a escolha dos entrevistados funcionou para revelar pontos de vista que acabam sendo adormecidos pela imprensa local perante a opinião pública. “Entrevistamos moradores, empreendedores, engenheiros, geólogos e até ex-servidores do estado”, adiantou Pronzato. Sob esse aspecto, mora o caráter inédito do filme, como afirma Alexandre Sampaio. “É a primeira vez que a gente consegue, graças ao trabalho do Carlos, contar a narrativa das vítimas e denunciar esse crime tão bárbaro”, afirmou o empresário.

No bate-papo ao vivo, transmitido pela TV 247 no YouTube, Sampaio, que é presidente da Associação dos Empreendedores no Pinheiro e Região Afetada e membro participante do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), traçou um breve panorama do crime. “Após quatro décadas de exploração minerária indevida em 35 minas, a cerca de 1.200 metros de profundidade, tivemos um tremor de 2.5 na escala Richter, no dia 3 de março de 2018”, relatou. O empresário explicou que os abalos são resultado de uma série de desabamentos dessas minas, já que elas foram escavadas muito próximas umas das outras e com o dobro do tamanho permitido. “Os desabamentos de minas ocorrem há mais de 10 anos, já tendo formado crateras subterrâneas do tamanho do Complexo Esportivo do Maracanã. Porém, as autoridades sempre silenciaram sobre isso.”

A respeito da estranha conivência dos poderes públicos, Pronzato revelou algumas das imposições desse silenciamento, como, segundo ele, ficou exemplificado pelo depoimento de José Geraldo Marques, um dos entrevistados no longa-metragem. “Durante a implementação da exploração de sal-gema em Maceió, Geraldo era uma espécie de secretário do meio ambiente em Alagoas”, contou. “Ele foi uma das autoridades que se opôs à instalação da mineradora e falou que, por isso, além de uma forte campanha de difamação a seu trabalho na imprensa, sofreu ameaça com uma arma de fogo pelo secretário de planejamento.”

Dentre os poderes que compõem o cenário de descaso, Sampaio destaca os ministérios públicos, as defensorias públicas, o Governo de Alagoas, de Renan Calheiros Filho (MDB), e a Prefeitura de Maceió, comandada por João Henrique Caldas (MDB). “Foi feito um acordo entre a Braskem, os MPs e as DPs sem a participação ou a representação direta das vítimas. Respaldada nesse acordo — por natureza, injusto —, a mineradora faz absolutamente o que quer”, denunciou. Ainda de acordo com o ativista, o governador do estado e o prefeito da cidade não apoiaram as vítimas no pedido de revisão do acordo. “Eu espero que esses entes cumpram seu papel de funcionários públicos no intuito de defender a população e não uma multinacional bilionária.”

Entrevista à Globo News

‘Estúdio i’, da Globo News (programa de 22/7/2021) / FOTO: Divulgação

No programa “Estúdio i”, do canal Globo News, o jornalista André Trigueiro foi convidado para falar sobre o pré-lançamento do documentário. Em conversa com Maria Beltrão, Trigueiro alertou para a situação de desamparo das vítimas, que sofrem com danos patrimoniais, financeiros e emocionais profundos, como o filme se propõe a mostrar. Segundo ele, “na maioria dos casos, as pessoas não foram indenizadas”. “O valor da indenização não corresponde ao valor do imóvel que essas famílias gostariam de ter por equivalência”, afirmou.

Trigueiro também relembrou que os crimes socioambientais já se configuram como uma prática consolidada no país. “A gente encontra, no Brasil, episódios correlatos, como Brumadinho em relação à Vale, onde tivemos um passivo social que também não foi prontamente coberto”, alertou. Mais especificamente sobre o Caso Braskem em Maceió, o jornalista demonstrou espanto. “É incrível como, no nosso país, por razões que eu não vou entrar no mérito, a Justiça não é rápida e é, por vezes, falha na arbitragem das indenizações devidas para que as pessoas prejudicadas em eventos do gênero não fiquem na mão.”

Carlos Pronzato em entrevista à Globo News / FOTO: Divulgação

Após a exibição do trailer do longa-metragem e a fala do diretor do filme, Trigueiro encerrou a pauta com um chamado às instituições nacionais, que, atualmente, mostram-se totalmente submissas aos desmandos do poder econômico responsável por controlar a mineradora Braskem. “O que está acontecendo em Maceió deve nos alertar sobre a agilidade que a Justiça brasileira precisa ter, e também que os órgãos ambientais, os órgãos de governo, como o Ministério Público, não podem se omitir, têm que comparecer!”

Pré-lançamento e coletiva de imprensa

Carlos Pronzato, diretor do documentário, e Alexandre Sampaio, ativista alagoano (da esq. para a dir.) / FOTO: Divulgação

Na noite de quinta-feira (22), profissionais da mídia nacional e acadêmicos da USP foram recebidos por Carlos Pronzato e Alexandre Sampaio no espaço Corp Tower, entre a Av. Paulista e a Alameda Santos, para assistir, em primeira mão, o documentário “A Braskem passou por aqui: a catástrofe de Maceió”. Em sala restrita a 30 lugares, o diretor do filme e o empresário alagoano responderam às perguntas dos presentes antes da exibição do longa.

“A coisa mais importante do documentário, na minha visão, é dar voz às vítimas, pois, até então, prevalece, na mídia, a narrativa da Braskem”, declarou Carlos Pronzato. Sampaio aproveitou para reforçar a denúncia acerca do descaso das instituições brasileiras frente ao crime. “Com o filme, mostrando a extensão do dano causado aos bairros, às pessoas e às empresas, pode-se fazer oposição à conduta dos órgãos públicos, que se apresentam como porta-vozes da mineradora.”

“A pré-estreia do documentário em São Paulo está sendo fundamental para nacionalizar um tema que, apesar de ser o maior desastre socioambiental em curso no mundo, estava restrito a Maceió”, pontuou Alexandre Sampaio. Para ele, a semana repleta de compromissos com a imprensa em São Paulo deve surtir efeitos positivos na luta por justiça em Alagoas. “O filme já cumpriu o papel importante de publicizar em nível nacional um tema que não pode estar restrito ao poder econômico imposto pela Braskem na mídia local.”

Texto e fotos:

Assessoria de Impresa

Nota:

Nosso blog apoio está luta. Fui o primeiro jornalista a denuncia esta catástrofe anunciada.

Mozart Luna

 

Primeiro voo da Itapemirim par Alagoas acontece domingo
     │     9:00  │  0

A mais nova companhia aérea brasileira realiza seu primeiro voo para o aeroporto internacional Zumbi dos Palmares, em Rio Largo, Alagoas com um A320, com chegada prevista para domingo, às 12h30.

O voo traz turistas e também convidados, como empresários, jornalistas especializados em turismo e influencer digitais que vão avaliar o voo, desde o seu chek-in, serviços de bordo, aeronave e chek-out.

Na chegada está agendado uma recepção aos visitantes com apresentação de grupos folclórico e também a realização de entrevista coletivas por parte dos representantes da Companhia aérea e também do secretário estadual de desenvolvimento e turismo, Marcius Beltrão.
A ação promocional faz parte do planejamento estratégico de divulgação do Destino Alagoas, trabalho que já colocou Alagoas como um dos destinos mais procurados do país em 2021.

Turismo Seguro

A retomada gradual do turismo em Alagoas conta com o selo Safe Travels da WTTC (World Travel & Tourism Council), entidade de turismo internacional que reconhece destinos ao redor do mundo que tenham implementado protocolos sanitários em padrão mundial.

Já a nível nacional, Alagoas registra cerca de 1.533 empreendimentos turísticos com o selo do Turismo Responsável do Ministério do Turismo, ocupando o segundo lugar no Nordeste, atrás apenas da Bahia. As duas certificações levam em consideração a prática de condutas que tragam segurança a turistas e moradores.

VOO INAUGURAL ITA
QUANDO: Domingo, 1 de agosto de 2021
HORÁRIO: 12h30
LOCAL: Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares

AGENDAMENTO DE ENTREVISTAS

Waldson Costa
Coordenação – Ascom Sedetur
(82) 9.9976-0802

Cecília Tavares
Jornalista – Ascom Sedetur
(82) 9.8142-1108

Isabella Padilha
Jornalista – Ascom Sedetur
(82) 9.9839-7786

Japaratinga realiza curso de ervas medicinais para professores
   28 de julho de 2021   │     20:48  │  0

O poder das ervas medicinais já é reconhecido nos meios científicos, mas esse conhecimento popular precisa ser repassado para novas gerações, para que não se perca. Pensando nisso a gestão da Prefeitura de Japaratinga, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente  realizou um curso de  capacitação com o título de Meio Ambiente e Saúde, destinado aos professores da Escola Municipal Estácio Buarque Bandeira, no povoado Bitingui.
Os professores aprenderam sobre os benefícios das ervas medicinais e sobre a importância da preservação do meio ambiente. A ideia é capacitar os professores, para que eles passem para os alunos. O projeto tem a parceria da Secretaria Municipal de Educação.

A iniciativa é inédita no Litoral Norte, onde existem ainda capões de mata atlântica, onde se pode encontrar muitas ervas medicinais, assim como também pode ser cultivada pelas comunidades.

O prefeito de Japaratinga, que também é uma servidor do quadro efetivo da saúde, surpreendeu mais uma vez com a iniciativa e que foi bastante elogiada.

 

Maragogi realiza “Vem pra Praça” com muito artesanato e muitos produtos
     │     9:12  │  0

 


O segundo polo de turismo de Alagoas, Maragogi realizou a primeira edição do Programa “Vem Pra Praça” no último fim de semana com o objetivo de fortalecer e fomentar o desenvolvimento de pequenos negócios locais, através de exposições, palestras e diversas experiências.

O Projeto foi idealizado pela Secretaria Municipal de Trabalho em parceria com outras secretarias e coordenadorias.  Esta primeira edição do Vem Pra Praça teve como foco a mulher empreendedora de Maragogi .

A princípio, o evento iria acontecer no último mês de março, porém, por causa da pandemia, ele foi adiado diversas vezes. Na sexta, as empreendedoras puderam participar da palestra sobre Empreendedorismo Feminino, ministrada pela secretária da pasta, Poliana Nascimento. No sábado, houve a exposição dos produtos e serviços oferecidos pelas empreendedoras maragogienses, na Praça Batista Acioly, no Centro.

“Um projeto como esse é de suma importância para o município. Ele faz chegar ao munícipe as políticas públicas de empreendedorismo que existem aqui. É um incentivo e apoio a todos que empreendem na nossa cidade”, destacou Poliana.

Vem Pra Praça – o projeto-piloto foi idealizado pela até então secretária do Trabalho, Alcyone Pinto. O Vem pra Praça vai contar com uma nova roupagem e terá outras edições na cidade, para valorizar e divulgar os trabalhos produzidos pelos empreendedores locais e gerar emprego e renda em Maragogi.

GALERIA DE FOTOS:

Laudo do chorume é emitido por laboratório contratado pela empresa fiscalizada
   27 de julho de 2021   │     17:50  │  0

 

A assessoria da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) enviou para nosso uma nota de esclarecimento sobre o crime ambiental atestado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), com relação a “desova” de chorume no emissário submarino de Maceió e estava fora dos padrões estabelecido em normas do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

O incrível é que a empresa fiscalizada era que pagava o laboratório para emitir os laudos de que o chorume estava dentro dos padrões, ou não, situação que deixa dúvidas quanto a credibilidade dos laudos. Uma situação que mereceria a atenção das autoridades, já que na única operação de fiscalização realizada até hoje do chorume, graças a ação do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Maceió, vereador Fábio Costa, foi constado através de exame realizado por outro laboratório, que o chorume podre produzido pelo Aterro Sanitário da capital estava fora dos padrões do Conama.

Nota de esclarecimento da Casal

“A CASAL acionou a Justiça, em 2020, para não receber o chorume. O pedido, porém, foi negado pela Justiça, que manteve a obrigação da Companhia para que recebesse o material, desde que dentro da resolução 430 do Conama.

Os laudos que chegam à Casal mensalmente, atestando o atendimento à resolução 430/Conama, são elaborados por um laboratório credenciado, situado em Recife, contratado pela empresa V2, chamado Qualitex Engenharia e Serviços.

A exigência da Justiça, quando deu a decisão a favor da V2, era de que as análises fossem feitas por um laboratório credenciado nas normas técnicas adequadas, como NBR ISO 9001:2015 e NBR ISO 14001:2015, que é o caso desse laboratório. Por uma questão contratual, os laudos são sigilosos, ou seja, de conhecimento da empresa V2, da Casal ou do IMA, por isso, não podemos lhe enviar cópias deles.

Até então, os laudos apresentaram os itens dentro dos padrões determinados pela decisão judicial. Caso tivessem apresentado inconformidade, a Casal prontamente teria se recusado a receber o material no emissário”.

Press Release da assessoria também enviando ao nosso blog

“Casal esclarece que cumpre decisão judicial ao receber chorume no emissário

Efluente chega ao local em conformidade com resolução 430 do Conama, por determinação da Justiça, e laudos técnicos comprovam atendimento de exigências

 

A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) esclarece que não praticou nenhuma infração ambiental ao receber no emissário submarino o chorume oriundo do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Maceió, o chamado aterro sanitário, gerenciado pela empresa V2. Isso porque a Companhia apenas cumpria decisão judicial de setembro de 2020, do juiz Orlando Rocha Filho, e que foi referendada por um acórdão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

A própria Companhia, por outro lado, chegou a acionar a Justiça para não receber o material no emissário, porém, o pedido foi negado, obrigando a Casal a receber o efluente. Na ocasião, a Companhia informou ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) por ofício que iria receber o chorume no emissário submarino em atendimento a uma decisão judicial.

A condição imposta pela Justiça, na decisão tomada em 2020, era de que o material chegasse ao emissário em conformidade com a resolução 430 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), o que vem sendo cumprido pela empresa V2 e comprovado por laudos entregues à Companhia periodicamente.

Assim, o “Auto de Infração” emitido pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) em desfavor da Casal, no dia 16 deste mês, será questionado e a Companhia vai recorrer da multa aplicada, pois apenas vinha cumprindo uma decisão judicial.

Ademais, a Casal ressalta que desde o dia 1° de julho deste ano quem é responsável pelo gerenciamento do emissário submarino é a empresa BRK Ambiental, nova concessionária dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Maceió”.