Denuncias do aterro sanitário de Maceió se acumulam e nada é feito
   30 de junho de 2021   │     20:41  │  0

 

A denúncia realizada pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Maceió, Fábio Costa (PSB) sobre irregularidade cometidas pela empresa V2 que opera o Aterro Sanitário de Maceió, já batizado como o novo lixão da capital e é a única no Brasil a funcionar em uma área urbana em expansão, traz de volta um tema que preocupando e compromete o futuro urbanístico da cidade.

Segundo o vereador em seu pronunciamento realizado na última terça-feira (28) “a empresa chegou a ser autuada em mais de R$100.000,00 pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) por danos ambientais encontrados na localidade durante fiscalização.

A estimativa de custos para a recuperação do lixão na época da contratação foi de R$ 6.531.030,60 e, segundo denúncia o vereador, a concessionária continua recebendo mensalmente pela recuperação, mesmo sem efetivar em sua totalidade a recuperação da área”, disse Fábio Costa.

“Recebemos a denúncia de que, mesmo desativado há mais de dez anos, o antigo lixão de Cruz das Almas ainda mantinha piscinas de chorume que transbordavam com frequência, levando esse líquido altamente poluente para as nossas praias. Realizamos a fiscalização junto com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial (SEDET) e o IMA, que acarretou numa multa para a empresa, não sendo a primeira vez que isso aconteceu desde a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta Judicial, mostrando o total desinteresse dos responsáveis em recuperar a área”, explicou o vereador.

De acordo com a denúncia, a resolução do caso tem vários percalços, como a falta de drenos para extração de gases gerados pela decomposição do lixo e a ausência de tratamento e destinação do chorume.

Segundo o vereador Fábio Costa os crimes ambientais denunciados fazem parte de uma “herança maldita” cultivada em gestões anteriores. “O que se observa é que a gestão atual recebeu uma herança maldita e sem precedentes! Uma bomba relógios prestes a explodir nos cofres públicos e consequentemente no bolso do contribuinte. O que se pode observar é que a Prefeitura fez um investimento milionário para a desativação e recuperação do lixão e instalação do aterro sanitário, que agora é um problema em dose dupla. Uma verdadeira ingerência na administração da concessão”, declarou o vereador.

Diante de um pronunciamento forte como foi o vereador seria oportuno que a atual gestão se posicionasse de maneira rígida sobre o problema que só se agrava com o passar do tempo, comprometendo as praias e principalmente causando prejuízos, como disse o vereador, ao erário público. O que se espera também é um posicionamento do Ministério Público Federal e Estadual sobre a inúmeras denúncias realizadas tanto pelo vereador, moradores dos conjuntos residenciais próximos ao aterro sanitário fatos público e notórios veiculados pela imprensa diariamente

 

 

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