Sociedade civil debate encerramento do aterro sanitário de Maceió
   5 de agosto de 2019   │     6:00  │  0

 

Jubson Uchoa, presidente da Ademi/AL: “sempre fui contra o funcionamento do aterro naquele local”.

O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi/AL), Jubson Uchoa disse que a situação de funcionamento do aterro sanitário de Maceió vem preocupado a todos que trabalham no setor. Jubson fez questão de ressaltar que sempre foi contra a instalação na atual área.

Segundo ainda ele o aterro sanitário está localizado em área de expansão urbana e dentro de um perímetro de mata atlântica, com vários recursos hídricos, que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Pratagy, que abastece a capital, além de próximo às praias do Litoral Norte.

“Quando iniciaram o debate sobre o local de instalação do aterro, prontamente me posicionei contra, pois sabia que um empreendimento daquele porte, não poderia funcionar numa área verde e tão rica ambientalmente. Entretanto o poder institucional falou mais alto e hoje temos um grande problema urbano e ambiental para resolver”, disse ele.

“O presidente da Ademi defende, que o local mais adequado para funcionar um aterro sanitário seria entre dois municípios. “Numa região de tabuleiros, longe do perímetro urbano”, defende ele. “Hoje sentimos as consequências da presença das células de compostagem de resíduos”, disse ele.

Jubson Uchoa disse ainda que as últimas denuncias envolvendo o aterro sanitário apenas reforça cada vez mais a recomendação do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de encerramento do aterro sanitário, onde está localizado e sua transferência para outro local. “Onde está não tem como mais continuar operando”, disse ele.

Milton Vasconcelos: “Sem licença não poderia funcionar nunca”.

Turismo e praias

Para a atividade de turismo de problemas como esses é uma ameaça ao desenvolvimento de uma atividade econômica, que gera milhares de empregos para Alagoas. Nos últimos dias diversos flagrantes realizados pela polícia e o IMA sinalizam para uma situação que vem sendo revelada aos poucos.

Carreta-tanque flagrada pela policia civil jogando chorume do aterro sanitário próximo ao aeroporto 

Nosso blog ouviu presidente da Associação Brasileira da Industria Hoteleira em Alagoas ( Abinh/AL), Milton Vasconcelos Neto que defende providencias rápidas  para solução do problema.

Milton Vasconcelos disse que não é um técnico ambiental para avaliar o problema, mas a situação se complica a cada mês, principalmente com as denuncias dos moradores de vazamentos de chorume para o meio ambiente e praias.

IMA flagrou dreno clandestino de uma das lagoas de chorume vazando para o meio ambiente

Segundo o IMA o aterro sanitário está funcionando sem licença ambiental desde 2016, simplesmente porque não consegue atender as condicionantes exigidas também pelo Conama. Para Milton Vasconcelos a situação só será resolvida quando o aterro estiver com a licença ambiental de operação em mãos, “dando segurança ao meio ambiente, já que esse problema não pode mais se arrastar”, declarou o presidente da Abih.

Para os IMA o aterro sanitário de Maceió não possui mais nenhuma condição de continuar funcionando onde está, pois representa um grande perigo ao meio ambiente, a população que reside nas proximidades e as praias que ficam a pouco mais de 4 quilometros de distância.

Moradores sofrem diariamente com o mau cheiro vindo do Aterro Sanitário e que está chegando também nas Praias de Guaxuma, Riacho Doce e adjacências.  

Os moradores dos conjuntos residenciais da chamada parte alta (Benedito Bentes, Carminha e adjacências) e também dos condomínios em Guaxuma, Riacho Doce e Garça Torta, que promete recrudescer o movimento para o encerramento do aterro sanitário, devido ao mau cheiro que já é sentido no litoral no final da tarde e pela desvalorização imobiliária que começa ocorrer.

 

 

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