Arqueólogos estão trabalhando nas escavações no local onde existia, segundo as primeiras informações, um antigo forte holandês, na localidade conhecia como Ilha do Guedes, em Porto Calvo, às margens o Rio Manguaba. Os resquícios dessa fortificação foram descobertos em 2015 por acaso. Os trabalhos começaram no dia 19 de novembro e é realizado por uma empresa especializada e acompanhada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).
Técnicos do Ipahan acreditam que os resquícios encontrados são de uma antiga fortificação que era protegida por JohannesLichthard, um almirante neerlandês a serviço da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, no século 17.
O local foi devidamente sinalizado e isolado e os equipamentos de pesquisa arqueológica já estão no local. O local onde existia o Forte já começou ser escavado. A Prefeitura de Porto Calvo está oferecendo o suporte necessário para o sucesso dos trabalhos de arqueologia.
A secretária municipal de Cultura, Maria Terezinha de Oliveira, está otimista com a restauração do fortim. “Vai ser um marco para Porto Calvo. Nosso município só tem a ganhar. Espero que aconteça umboom do turismo em nossa cidade”, ressaltou.
O arqueólogo Marcos Albuquerque citou a importância do forte para a história. “Esse forte é essencial para a história de Porto Calvo. Acrescenta significativamente no Período da Ocupação Holandesa. É um marco nesse período importante da história do Brasil”, disse.
No século XVII a região foi cenário de movimentações de tropas, de batalhas e de fortificações durante o embate travado entre holandeses e ibéricos pelo território brasileiro. Em Porto Calvo, entre 1637 e 1645 , ocorreram cercos e batalhas que alternaram a sua posse, até que a campanha conduzida pelo conde Maurício de Nassau, após batalha decisiva, o conquistou, expulsando as tropas ibero-brasileiras para a Bahia.
A REVELAÇÃO DO FORTE
A revelação do fortim em terra em Porto Calvo ocorreu em março de 2015 durante o 1º Fórum de Arqueologia em Alagoas Período Ibérico/Holandês, que está sendo realizado na cidade de Penedo.
Desde então o superintendente do Iphan em Alagoas, arquiteto Mario Aloísio, vem ressaltando que o órgão federal pretende restaurar o forte e transformar o local em um parque de visitação arqueológica.
O estudo realizado pelo Iphan iniciou em 2013 e os arqueólogos fizeram diversas visitas ao histórico município do Litoral Norte de Alagoas. A pesquisa contou também com a parceria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e da ArqueologPesquisas
Assessoria com Mozart Luna