Projeto vai alavancar a atividade turística em Delmiro Gouveia
   18 de março de 2017   │     0:05  │  0

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O município de Delmiro Gouveia se prepara para iniciar um grande trabalho de estruturação da atividade turística, com a implantação de um plano especial organizado pela atual gestão do município. O primeiro passo será a construção do Memorial Delmiro Gouveia, que será um dos atrativos do município, que já conta com um museu e dois marcos da história da industrialização de Alagoas, que são a antiga usina hidrelétrica de Angiquinho e a Fábrica da Pedra.

O município fica a cerca de 40 quilometro do único aeroporto que tem condições de receber aeronaves de porte e está localizado no centro da região dos cânions do São Francisco, com facilidade de deslocamento para vários atrativos da região e cidades históricas como Piranhas e Água Branca. Atualmente dois empreendimentos hoteleiros de médio porte estão em fase de conclusão. O município também possui pousadas confortáveis, que já atende aos turistas que vistam a região.

Entretanto o grande atrativo ficará por conta de um projeto de reestruturação de Angiquinho, que se transformará uma grande praça de atrações turísticas. O local atualmente está sob a responsabilidade da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), mas deverá passar para administração da prefeitura de Delmiro Gouveia.

Vale lembrar que o local na década de 70 foi dotado de toda uma estrutura para receber turistas, com estacionamento para ônibus, mirante panorâmico e até  um elevador que descia para a caverna furna do morcego, onde foi construída uma capela em homenagem a Santa Terezinha. No local funciona um museu que conta a história da construção de Angiquinho e uma exposição de artesanato e comidas típicas da região.

A construção de Angiquinho foi um desafio para engenharia da época 1913, sendo praticamente “cravada” nas paredes dos cânions rio São Francisco, onde existia a lendária cachoeira de Paulo Afonso, que foi extinta com a barragem da Chesf. Angiquinho foi a primeira hidrelétrica em funcionamento no Nordeste e a segunda no Brasil. Um marco para o desenvolvimento da região e constitui hoje um monumento nacional.

Como era

Segundo relatos de antigos moradores que residiam em Angiquinho, nas casas construídas por Delmiro Gouveia no inicio do século 20 e pela Chesf nas décadas de 60 e 70. O local era movimentado e tinha uma freqüência muito grande de turistas que iam a Paulo Afonso conhecer o complexo gerador de energia elétrica e aproveitavam para visitar Angiquinho. O projeto teve total apoio dos generais que estavam no comando da Chesf, durante a Ditadura Militar.

Com o passar do tempo, com local foi perdendo espaço na divulgação e também faltava manutenção o que levou ao abandono do local. A Chesf que mantinha lá algumas casas de funcionários mandou demolir todas com o passar do tempo e aposentadoria dos mesmos. O local então passou a sofrer com o vandalismo como o roubo de peças. Obrigando a Chesf a transferir de lá o carrilhão e a placa do Imperador para Ilha do Urubu em Paulo Afonso.

Somente durante a presidência do alagoano Sérgio Moreira, quando presidente da Chesf, Angiquinho sofreu a primeira reforma. Hoje o local ainda está sob a responsabilidade da estatal e encontra-se aberto a visitação pública.

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