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Aterro sanitário de Maceió funciona sem licença ambiental e PF investiga situação
   13 de setembro de 2018   │     11:24  │  0

 

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente de Maceió notificou a empresa V2 ambiental, por está operando o aterro sanitário com o licenciamento municipal vencido desde 2016, sob o olhar contemplativo das autoridades. Somente no dia 22 de agosto, a SEDET fez o alerta para necessidade da renovação e mesmo assim, um ano depois, a empresa continua operado no local, sem autorização legal.

A secretaria pede que seja realizado um “Relatório de Investigação Ambiental (RIPA), na área diretamente afetada da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Maceió, como também, no corpo hídrico que margeia a ADA. Antes da sua execução deverá ser apresentado à SEDET em croqui com a localização dos pontos a serem investigados para análise aprovação”. Na notificação a SEDET determina que a execução do RIPA seja realizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP).

Entretanto o aterro sanitário de Maceió teria que ter outras licencias ambientais emitidas pelos órgãos ambientais competentes, inclusive estaduais e federais. Essa documentação é obrigatória e está prevista no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Entre as licenças estariam as concedidas pelo IBAMA, ICMBio, Ifan, Comer, Obama.  A CTR de Maceió funciona apenas com o licenciamento concedido pela prefeitura de Maceió e que está vencida há mais de um ano.

PF entro no caso

O aterro sanitário de Maceió também está sendo alvo de investigação da Polícia Federal em Alagoas, através de inquérito policial (0207/2012-4), aberto pela delegada federal especial, Tatiana de Barros Bonaparte, que já intimou todos os envolvidos no processo de licenciamento da CTR, inclusive o secretário adjunto da SEDET, Antônio de Pádua Carvalho Paes e o presidente do Instituto do Meio Ambiente, Gustavo Lopes, além do diretor do laboratório do IMA, Manoel Messias dos Santos. Segundo a Polícia Federal existe contradição entre o corpo do texto do relatório apresentado pelo órgão (IMA) e a conclusão do mesmo. Os dois servidores públicos foram intimados pela PF.

Segundo ainda o inquérito que corre na Polícia Federal, o relatório apresentado pelo IMA “indica que o único item fora dos padrões do CONAMA foi o Cromo Trivalente, mas que, ainda assim estava muito próximo aos valores permitidos, não causando impacto significativo ao meio ambiente”.

As investigações estão em andamento, mas apontam vária irregularidades principalmente com relação ao cometimento diversos crimes ambientais relacionado a destinação de um dos subprodutos mais danos ao meio ambiente, que é o chorume. Esse subproduto poluidor está sendo jogado no mar de Maceió, através do emissário submarino, operacionalizado pela Casal, que chegou a ser notificada por um órgão ambiental, o IBAMA.

Auditoria do TCE

O aterro sanitário de Maceió também foi alvo de auditorias realizadas Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, que constatou várias irregularidades que começam pelo processo licitatório, que teve como vencedora uma empresa, que dois meses depois passou para V2 Ambiental a operacionalização da Central de Tratamento de Resíduos (CTR), fato contestado em procedimento investigativo do Ministério Público Estadual, na época.

A auditoria realizada constatou várias irregularidades, não só danosas ao meio ambiente, como também ao erário público. Entre elas está a pesagem de entulho de construção civil, que tem um valor menor, como lixo doméstico, que custa aos cofres públicos 200% a mais. Um verdadeiro rombo (prejuízo) para ao município e que continua a ser realizado.

Em meio a tudo isso, a auditoria realizada virou também peça de estudo acadêmico, sobre crimes ambientais e danos ao erário publico, em uma Universidade de Portugal, com trabalho de mestrado.

MPE também investiga

Os problemas vividos no aterro sanitário de Maceió viraram também um procedimento de investigação no MPE, que tem a frente a promotora de justiça, Fernanda Moreira. Segundo ela, “tudo estaria sendo resolvido” e que dos 12 itens elencados como graves no funcionamento, apenas dois estaria faltando para ser sanados.

Diante de tantos problemas apontados e da falta de celeridade para solução dos problemas fica um passivo de danos ambientais e financeiros aos cofres públicos de 8 anos, conforme relatório dos técnicos do tribunal de contas, onde prova que o chorume chegou a ser a jogado em lagoas de usinas de açúcar usinas. Um absurdo!

É preciso que se cobre as licenças exigidas pelo CONAMA tão necessárias para um aterro sanitário de uma capital de Estado e que possui um alto teor poluidor. Entretanto, segundo ambientalistas o aterro sanitário de Maceió não poderia jamais funcionar onde está. Sua localização está em uma área urbana, nas nascentes do rio Pratagy, manancial hídrico que abastece a capital alagoana.

 

 

 

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Aterro sanitário do Sertão amplia atendimento
   1 de agosto de 2018   │     15:00  │  1

 

O Aterro Sanitário construído com recursos federais e administrado pelo Consórcio Intermunicipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Cigres), localizado entre os municípios Olho D’Água das Flores e Olivença em atendendo a cerca de 20 municípios do Sertão alagoano.

Embora projetado para atender a 13 municípios consorciados hoje o aterro também atende a mais 6 municípios consorciados integrantes do Consórcio de Resíduos Sólidos do Sertão de Alagoas (CRESAL). Isso possibilitou ganhos de escala baixando significativamente o preço de R$ 78,00 para R$ 60,23/tonelada.

O aterro recebe hoje 200 toneladas/dia, graças a conscientização dos prefeitos, que decidiram encerrar os lixões de suas cidades, dando cumprimento a politica nacional de gerenciamento de resíduos sólidos regulamentado através da lei federal 12.305/10.

“Quando iniciamos nossas atividades em 2016 recebíamos pouco mais de 20 toneladas/dia”, lembra o superintendente do Cigres, Antônio Arruda. “Hoje estamos operando com capacidade máxima recebendo cerca de 200 toneladas/dia”, declarou ele.

 

Histórico

O aterro sanitário sob a responsabilidade do Cigres, é único Consórcio público em funcionamento em Alagoas destinado ao tratamento de resíduos sólidos. Os recursos foram oriundos da Carteira de Resíduos Sólido, na época administrado pela Codevasf na região da Bacia Leiteira de Alagoas.

O aterro possui 19 hectares, com capacidade de receber cerca de 200 toneladas por dia, no período de 22 anos, podendo essa vida útil ser estendida para até 30 anos, com a implantação de novas tecnologias.

O Consórcio é formado pelos municípios de Olivença, Olho D´Água das Flores, Monteirópolis, Pão de Açúcar, São José da Tapera, Santana do Ipanema, Senador Rui Palmeira, Poço das Trincheiras, Ouro Branco, Maravilha, Carneiros, Palestina, Batalha, Jacaré dos Homens, Cacimbinhas, Major Izidoro e Belo Monte.

Atualmente o Cigres celebrou um Convenio de Cooperação com o CRERSSAL que congrega 6 municípios do sertão atendendo a mais seis municípios do Sertão: Delmiro Gouveia, Piranhas, Olho D’Água do Casado, Água Branca, Canapi e Inhapi, aumento sua área de atuação e demonstrando sua importância na preservação do meio ambiente.

 

 

 

 

 

 

 

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