ALERTA:Mineração pode causar mais uma tragédia no Agreste de Alagoas
   16 de janeiro de 2022   │     21:47  │  0

Foto: Robson Oliveira, revista chico (Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco)

No Brasil a história da mineração geralmente tem terminado em tragédias e cada vez mais os movimentos ambientalistas estão alertando as pessoas dos perigos que rondam está atividade, principalmente porque chegam com muitas promessas de benefícios de emprego e renda e terminam com destruição do meio ambiente, uso de máquinas e robôs para reduzir ao máximo os postos de trabalho ,e por fim tragédias que matam pessoas e liquidam toda uma história de lugares inteiros, como em Mariana, Brumadinho, e agora em Maceió.

No dia 25 de janeiro, faz três anos de uma das maiores tragédias produzida pela atividade de mineração no Brasil, com o rompimento da Barragem de Brumadinho em Minas, com a morte de centenas de pessoas e o segundo maior desastre industrial do século. Foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do país, depois do rompimento de barragem em Mariana.

Em Alagoas a mineração realizada pela Braskem também causou uma grande tragédia humana e hoje é um dos desastres ambientais maiores da história da mineração no mundo, onde vários bairros da capital alagoana foram abandonados, formando um conglomerado de imóveis, empresas e até templos religiosos em uma cidade fantasma.

A ampliação das áreas a serem desocupadas, devido ao perigo de afundamento do solo, poderá continuar e se alarga para outros bairros, como Farol, Gruta de Lourdes e até Serraria. O incrível é que ambientalista já haviam alertado para o perigo desde a década de 80, mas o poder econômico falou mais alto e ainda dita o ritmo como o problema deve ser encaminhado.

A atividade de mineração em Alagoas contudo não parou e na região Agreste, a Minerador Vale Verde, que pertencia a uma empresa inglesa Appian e que vendeu seus ativos para a empresa sul-africana Sibanye- Stillwater.  A vendeu rendeu a Appian U$S 1 bilhão.

Mais uma vez ambientalista e estudiosos alertam para o perigo da atividade de mineração de cobre próximo a campos de produção de alimentos em Craíbas, Arapiraca e Igaci, onde a atividade de produção de macaxeira, batata, alface e até fumo corre risco de ser contaminada com a poeira que é produzida pela mineradora, além do perigo de transbordamento da gigantesca barragem, assim como o vazamento em épocas de chuvas, quando os rejeitos podem para nas calhas dos rios temporários e chegar ao rio São Francisco, que abastece toda população do Agreste e baixo São Francisco, além das cidades sergipanas.

Será que vamos pagar para ver mais uma tragédia?

 

 

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