A experiência de Portugal que inicia a retomada das atividades econômicas
   5 de junho de 2020   │     6:00  │  0

 

 

Portugal é atualmente um referencial no combate ao covid-19, no mundo, graças aos governantes que se uniram na luta contra o vírus. Até a oposição cessou toda e qualquer critica e passou a participar das ações de governo, pedindo a população para cumprir as determinação governamentais. Vale lembrar que este ano tem eleições municipais, em Portugal, assim como no Brasil e também será em outubro.

Portugal é também referencia como destino turístico, sendo escolhido pela terceira vez consecutiva o melhor pais para se viajar. Entretanto, assim como em todos mundo sofreu com a pandemia, que suspendeu todos os voos internacionais e fechou restaurantes, bares, hotéis e pousadas. Passado o período mais crítico da pandemia, o país iniciou a liberação das atividades comerciais e turísticas.

Nosso blog em parceria com o portal de viagens português, tripseek.news, trás para nossos leitores a experiência e a movimentação realizada pelos empresários de turismo junto ao Governo de Portugal.

Experiência

Passado  momento mais crítico, Portugal se prepara para a “retoma”, como eles chamam. Com esse objetivo a Confederação do Turismo em Portugal (CTP), apresentou um “Plano de Retoma”.  O presidente da Confederação do Turismo em Portugal (CTP), Francisco Calheiros, apresentou ao Governo a implementação de 99 medidas, 24 das quais transversais a toda a atividade turística e 75 divididas pelos diferentes ramos de atividade, desde o alojamento, imobiliária turística, golfe, restauração, aviação, rent-a-car, distribuição, animação turística, eventos e congressos, espetáculos, jogo e promoção turística.

Neste documento a CTP reafirma “o papel crucial que o turismo tem assumido na economia nacional e identifica a retoma desta atividade como um imperativo nacional e quanto mais cedo se iniciar, mais rapidamente a economia recuperará e para que a economia continue a beneficiar do contributo do turismo, o Estado terá de se confinar no apoio às empresas e à preservação do emprego no turismo, gerando confiança nos consumidores e segurança nos trabalhadores”, refere a nota de imprensa da confederação.

Segundo Francisco Calheiros “ é urgente que as medidas apresentadas pela CTP sejam analisadas pelo Governo e que haja receptividade sobre as mesmas. “Estamos a correr contra o tempo e é preciso que continue a existir a abertura e a flexibilidade que têm existido para que, em conjunto, se prepare o futuro próximo no que respeita à retoma da atividade turística”.

A CTP sugere a criação e implementação, pelas diferentes entidades, de várias ações no âmbito sanitário, propondo a produção de orientações de segurança sanitária para o Turismo; elaborar e divulgar o itinerário sanitário do visitante (end-to-end safe customer journey).

Mas para o sucesso de todo esse esforço depende também a divulgação nos polos emissores de turistas, o selo “Clean & Safe” a toda a cadeia de valor do turismo e a divulgação do mesmo no mercado interno e nos mercados do Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Holanda e Bélgica.

Companhias aéreas de baixo custo

O Plano apresentado pela CTP também contempla à mobilidade e acessibilidades e sugere o lançamento de um programa de incentivos à operação aérea comercial (companhias nacionais e companhias de baixo custo); a definição de um modelo de governança que assegure a viabilidade financeira e operacional da TAP e garantir o Aeroporto Humberto Delgado como hub internacional, bem como, a construção do Aeroporto do Montijo.

Campanhas de marketing também foram propostas, principalmente em veículos de comunicação. Isto trás credibilidade. Os influencer digitais estão em baixa no momento, pois não demonstraram compromisso com a informação e orientação à população, durante a pandemia. Essa missão está sendo realizada aos profissionais da imprensa, que trabalham até hoje, todos os dias, para levar a todos informação e principalmente a preocupação e a gravidade do momento.

Lay-off

A CTP quer o prolongamento do regime do lay-off, de socorra às  empresas. “Adaptando-o à evolução da retoma do turismo, até ao primeiro semestre de 2021, abrangendo a totalidade dos ramos turísticos”, disse o Francisco Calheiros

Outro ponto é o prolongamento das moratórias fiscais e de reembolsos de financiamento para segundo semestre de 2021; criação de mecanismos e medidas de apoio à reestruturação financeira das empresas; isentar o pagamento por conta, o pagamento especial por conta, o IMI, o AIMI e tributação autónoma em sede de IRC até final de primeiro semestre de 2021; criação de uma linha de apoio ao financiamento de investimento em aquisição de bens, serviços e produtos para segurança sanitária das instalações, etc; e implementar um programa de pagamentos do Estado às empresas e de agilização célere de reembolsos.

A Confederação defende o alargamento da isenção temporária do pagamento das contribuições à Segurança Social a cargo da entidade empregadora, relativamente aos trabalhadores abrangidos e aos membros dos órgãos estatutários, ao mês seguinte ao da retoma da atividade; a reposição do regime de banco de horas individuais pelo período da retoma do mercado, não inferior a um ano; a simplificação e promoção do regime de horário concentrado e simplificar o regime de teletrabalho e estimular a sua aplicação; a discussão da política de rendimentos em sede de Comissão Permanente de Concentração Social com vista à revisão das metas da Retribuição Mínima Mensal Garantida; a suspensão temporária da norma que impede que as renovações tenham duração superior à inicial e alargamento do período experimental; e a implementação da medida de apoio às ações de formação e a revisão dos critérios da medida CONVERTE+ adequando-a à realidade presente.

Para Francisco Calheiros, o Plano de Retoma do Turismo Português, é fundamental o empenho do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, para a criação de uma linha específica de apoio ao desenvolvimento do turismo, com dotação própria e dedicada, é um dos instrumentos necessários para que o turismo possa dar o seu contributo à coesão territorial e social europeia.

Para a CTP, a retoma “exigirá, necessariamente, apoios da Estado e da União Europeia, por um período prolongado e com instrumentos ágeis, adequados à natureza do ciclo de exploração e financeiro das empresas turísticas”

Colaboração portal tripseek.news

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