Empresários falam do futuro do turismo em Alagoas
   16 de abril de 2020   │     10:26  │  0

Nosso blog ouviu dois empresários do setor hoteleiro com larga experiência no mercado. Um deles é o Mauro Vasconcelos (Grupo Ponta Verde). Outro empresário ouvido foi Elionaldo Magalhães (Grupo Marinas), que já foi presidente da Sudene e vários órgãos federais, sendo um grande observador dos números e aficionado por planejamento e análise de cenários. Os dois são empresários do setor hoteleiro há muito tempo, sendo pioneiros, quando ainda Maceió, iniciava seus primeiros passos, como destino turístico.

O mundo vive um momento de transformação, consequência da pandemia de coronavírus. A situação exige muita experiência e principalmente informação das tendências do mercado, duas exigências primordiais para fazer o planejamento da volta da atividade, quando a tempestade passar.

Mauro Vasconcelos disse que não é bom criar expectativas positivas, que possam causar frustrações. “Temos que ser realistas e analisar cenários e números”, disse ele. “Temos a obrigação de estar antenados, captando todas as informações do mundo do turismo”, recomenda ele. Para Mauro Vasconcelos a normalidade da atividade não volta antes de agosto. Acho até que pode ser em setembro, mas com muitas restrições”, disse ele.

Segundo ainda Mauro Vasconcelos o turismo corporativo poderá voltar, mas não como antes, já que as empresas descobriram que podem resolver e fazer negócios através de vídeos conferências. “Já para o turismo de lazer, o retorno é uma grande dúvida. Já que envolve uma série de fatores como recuperação do poder aquisitivo das pessoas, calendário de feriados e retorno dos voos”, disse ele.

Mauro Vasconcelos é favorável a flexibilização da quarentena. “O remédio quando dado em dose excessiva mata o paciente”, lembra ele. “É preciso ter equilíbrio nas medidas observando os números do desemprego e controlando com normas e fiscalização da pandemia do coronavírus”, recomenda ele.

Elionaldo Magalhães

Já o empresário Elionaldo Magalhães acredita que o turismo corporativo volta em junho ou julho, mas concorda com seu colega Mauro Vasconcelos, que tudo depende da malha aérea e do cenário da pandemia.

“A situação só voltará a normalidade um ano e meio depois da pandemia”, disse ele. “E a atividade turística será totalmente diferente daquela que vivemos antes do coronavírus. Teremos que nos planejar para esse novo momento”, recomenda ele.

Elionaldo Magalhães disse ainda que o Brasil poderá atingir o número de 20 milhões de desempregados e milhares de empresas na falência.  Para ele será preciso um esforço muito grande dos governos para reerguer a economia.

O empresário defende a flexibilização da quarentena e diz que é preciso a liberação da atividade econômica, enquanto há tempo. “Mundo não será o mesmo. As relações de trabalho e negócios serão totalmente diferentes e as Nações planejaram com mais cuidados a defesa estratégicas de sua sobrevivência”, disse ele, que acusa a China pela disseminação do coronavírus no mundo.

“O mundo precisa tomar uma posição com relação a China, para responsabilizá-la da recessão que se vive”, enfatiza ele, que defende o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro. “Ele (Bolsonaro), diz o certo da maneira errada”, finalizou Elionaldo Magalhães.

 

 

 

 

 

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