Ministros do Turismo: “É preciso dar ‘fôlego’ para setor nos próximos três meses”
   2 de abril de 2020   │     13:00  │  0

Empresários denunciam bancos aumento de juros e restrições de crédito 

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio disse na live hoje pela manhã que a grande preocupação é dar folego que o setor consiga sobreviver até a volta da normalidade. Para isso é preciso crédito com juros menores e carência maiores e principalmente que todos empresários tenham acesso e não apenas os que estão no Cadastur.

Os empresários também questionam os valores dos juros que subiram justamente neste momento e o bloqueio de acesso a empresas que inadimplência com as instituições financeiras. Para os empresários negar crédito principalmente a esses empresários é jogar uma pá de cal, sepultado essas empresas.

Para atingir tal objetivo, o ministério está propondo focar em três pontos a partir de medidas provisórias: manutenção de empregos, relação com o consumidor e linhas de crédito.

Segundo o ministro o Turismo foi muito impactado ultimamente. “O primeiro esforço é para que não haja um desmonte do setor e talvez até sairmos na frente de outros países na retomada”, afirmou Álvaro Antônio durante transmissão ao vivo. “Nossa agenda com o trade e com o Ministério da Economia é intensa ao criar soluções que possam atender todo o setor, incluindo micro, médios e grandes empresários. A meta é preservar as empresas.”

Para cada ponto de atenção indicado pelo ministro, haverá uma medida provisória. A primeira entra em vigor hoje e contempla a questão trabalhista. Com a nova MP, os empresários poderão suspender os contratos por três meses podendo definir o corte do salário em 30%, 50% ou 70%. Caberá ao governo federal fazer o aporte necessário e complementar esses salários. De acordo com o ministro, essa medida evitará a demissão de um milhão de pessoas no setor turístico.

As duas outras MPs devem ser publicadas até a segunda ou terça-feira da próxima semana. Uma delas contempla a relação entre empresas e consumidores, e foi definida junto ao Ministério da Justiça. A sua aplicação desobrigará as empresas a devolver o dinheiro de viagens e shows cancelados aos consumidores, por enquanto. A empresa terá o direito de ressarcir o contratante no prazo máximo de 12 meses após o fim da pandemia. A medida visa garantir a saúde financeira da empresa e evitar a judicialização em massa.

E, por último, as linhas de crédito. O ministro visa aumentar o fundo e melhorar a atratividade do crédito para atender a todas as empresas que prestam serviços turísticos. Os sócios da XP Investimentos apontaram para o que vem sendo um problema por parte dos empresários: o acesso às linhas de crédito. E, então, Álvaro Antônio garantiu que isso está sendo trabalhado junto ao BNDES e à Caixa Econômica Federal e afirmou que trabalhará em cima de uma comunicação clara de como obter o crédito para que essa informação chegue a todos os necessitados.

As medidas provisórias têm efetividade pelos próximos três meses, e perguntado sobre uma possível extensão deste período, o ministro se demonstrou otimista. “Todo o plano econômico elaborado tem um impacto financeiro, mas apenas o Ministério da Economia tem propriedade para falar da extensão dessas medidas. Espero que em três meses essa pandemia esteja finalizada, para daqui em frente podermos elaborar planos de retomada do Turismo visando o segundo semestre”, explicou

 

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