População defende santuário ecológico das praias de São Miguel dos Milagres
   14 de janeiro de 2020   │     22:35  │  1

 

Maquinas rasgaram a praia de São Miguel dos Milagres para colocar bueiros de águas pluviais de condomínio de luxo 

 

A chamada “Rota Ecológica” de Alagoas sofreu uma das maiores agressões ao meio ambiente, com a abertura de uma enorme vala,  na praia de São Miguel dos Milagres, para serem colocados dutos de passagem de águas.

Uma ação que tem (pasmem!), licença ambiental concedida pelo Instituto Chico Mendes para Preservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Para a população de Milagres e empresários do ecoturismo,  a obra pode até ser legal, mas é imoral e truculenta do ponto vista do ecoturismo.

Vala foi aberta rasgando o solo onde tartarugas marinhas desovam

A ação foi realizada sem nenhum cuidado com o solo onde desovam tartarugas marinhas, ou da vegetação nativa, demonstra a pobreza de conhecimento tecnológico de quem está construindo naquela área. Trata-se de uma tremenda estupidez cometida contra o ambiente.

Atualmente a sociedade possui conceitos da engenharia moderna e a arquitetura extremamente criativa e inteligente, que buscam a harmonia entre moradias e a natureza.

Contudo o que foi realizado na Praia de São Miguel dos Milagres, ontem, foi um atestado de incapacidade técnica, em proporcionar desenvolvimento, sem agredir o meio ambiente, ou pelo menos buscar minimiza ao máximo dos danos. Foi um verdadeiro “estupro”, que ameaça o turismo sob o conceito ecológico naquela região.

População de São Miguel dos Milagres tentam impedir obra, mas são contidos por fiscais ambientais. 

Brutalidade

Na opinião de um empresário de turismo de Alagoas, com larga experiência e bastante respeitado no segmento a obra foi mal conduzida. “A colocação de bueiros na praia é de uma bestialidade tremenda. Não que a água que vai jorrar seja suja, mas por ser uma agressão ao ambiente escavando aquele santuário”, enfatiza ele.

“Estamos conversando com os empresários responsáveis pela obra para encontrarmos uma solução que não seja os bueiros, mas que se busque canalizar essa água pluvial para riachos, que existem em abundância na região”, declarou ele. “Existe tecnologia para isso e os profissionais precisam se aperfeiçoar neste sentido”, destaca ele.

Imagine um enorme bueiro na Praia de Milagres, jorrando água, seja limpa ou suja. Uma aberração que vai chocar quem passeia pela local. Poderá ser o começo da destruição daquele santuário.

COMENTÁRIOS
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  1. Marcio

    Isso é um exemplo de terra sem gestor, nossa cidade foi entregue a um prefeito e um bando de veradores sem capacidade de governa.

    Reply

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