Alta Arline Leaders Fórum reúne executivo da indústria aérea em Brasília
   28 de outubro de 2019   │     9:27  │  0

 

Estão reunidos em Brasília desde ontem executivos da indústria e companhias aéreas, autoridades da aviação civil, integrantes de associações de fornecedores do setor, participando da 16ª edição do Alta Airline Leaders Forum, que começou neste domingo (27) e vai até dia 29. Na pauta estão temas como infraestrutura, regulação e custos de operação e o tema principal é a Competitividade da indústria no cenário atual. O Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, chegou a falar em revolução no setor.

De acordo com ele, o governo brasileiro tem políticas públicas ousadas para alcançar, em 2025, 200 milhões de passageiros transportados, quando hoje, a marca alcançada é de 100 milhões. “Vamos surpreender a nossa demanda e revolucionar. Já temos avanços importantes como a abertura do capital estrangeiro para as companhias brasileiras e acordos liberalizantes. Chegaremos em 200 cidades atendidas com o transporte aéreo regular. Hoje temos 130 e até o fim do ano, serão 150. O Brasil é um país continental e temos o dever de chegar à todo esse território”, projetou.

Sobre os desafios, o secretário de Aviação Civil anunciou que o governo está fazendo a sexta rodada de concessões de aeroportos, e as privatizações deste ano já renderam R$ 17 bilhões em investimentos. “Entregaremos ainda em 2019 quatro grandes aeroportos: No dia 19 de novembro, será o de Florianópolis, depois virá Porto Alegre, que integram o País com o Mercosul. Ainda tem Salvador e Fortaleza. Este último tem se tornado um hub importante para entradas e saídas para a Europa”, relacionou.

Low cost

Ronei Glanzmann ainda falou sobre a importância de manter os players que já atuam no Brasil, mas também na busca por novos. “Temos quatro companhias estrangeiras de low cost que já começaram a operar no Brasil, voando rotas internacionais. Estamos trabalhando para que as operações de tornem domésticas. Temos um grande espaço para crescimento. Nossos preços são compatíveis com o mercado internacional, mas temos condições de reduzir os valores e chegar a uma verdadeira revolução”.
Ao jornalistas estrangeiros, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, destacou os principais números recentes do setor aéreo e apresentou os principais desafios atuais. “Os anos de 2002 a 2015 foram marcantes e lançaram a aviação brasileira a novos patamares. Com o programa de liberdade tarifária aliado ao crescimento econômico, chegamos em 2014 para 2015 aos 100 milhões de passageiros. O valor médio do bilhete caiu de US$ 195 para US$ 90. Desde 2015, com a crise na economia, já começamos a registrar uma retomada, que nos leva a manter o foco nos nosso desafios”, ponderou.

Para Sanovicz, a “mãe” de todas as batalhas é o querosene da aviação, que hoje representa um terço do custo da operação. “Um trabalho constante da iniciativa privada junto aos governos estaduais fez com que chegássemos a marca de redução do imposto sobre o combustível em 17 dos 27 Estados da federação”, disse.

Segundo ele, o resultado mais recente é o de São Paulo, que baixou a alíquota de 25% para 12%. Isso já trouxe 490 novas partidas semanais em direção à 38 destinos de 21 estados. “Trocamos tributação por mais serviços. O mesmo aconteceu com Brasília em 2014, que também diminuiu de 25% para 12% e alcançou 290 partidas semanais”.

O presidente da Abear também afirmou que a agenda seguirá com a mesma intensidade em 2020, abordando os custos do querosene, o formato de tributação, o ambiente regulatório e a continuidade do programa de concessão de aeroportos. “Seguiremos adiante com uma pauta importante que é a reformulação do Código de Aviação Civil, que sua atual versão foi feita há muitos anos, ainda na ditadura militar”, finalizou.

Infraestrutura, regulação e custos de operação estão entre os principais assuntos a serem tratados na 16ª edição do Alta Airline Leaders Forum, que começou neste domingo (27) e vai até dia 29 de outubro, em Brasília. Sob o tema ‘Competitividade da indústria no cenário atual’, o evento reúne neste ano, no Brasil, executivos da indústria aérea, representantes de Estado e autoridades da aviação civil, integrantes de associações e fornecedores do setor.

O evento conta com a participação do CEO e diretor-executivo da Alta, Luis Felipe de Oliveira; do presidente do comitê executivo da Alta e CEO da Copa Airlines, Pedro Heilbron; do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz; e do Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann.

Presidente do Comitê Executivo da Alta e CEO da Copa Airlines, Pedro Heilbron foi o primeiro a dar boas vindas aos presentes e destacou a importância do evento realizado em Brasília no mercado latino-americano e Caribe. “O Fórum debate importantes temas inerentes à nossa região, e o Brasil tem um posicionamento estratégico na América Latina, e temos visto que os grandes investimentos realizados nos últimos anos continuam para acompanhar o crescimento”, afirmou.

Durante a coletiva que marcou o início do evento, o CEO e diretor-executivo da Alta, Luis Felipe de Oliveira, destacou que fórum é considerado o maior evento da aviação comercial da América Latina e Caribe, e tem sido espaço relevante de diálogo da indústria.

“A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) atua como ponto de convergência para o transporte aéreo na região, conectando todos os atores da indústria, promovendo um diálogo internacional e coordenando os esforços para desenvolver uma aviação mais segura, eficiente e sustentável na América Latina e Caribe”, destacou De Oliveira.

Ainda segundo Luis Felipe de Oliveira, o potencial do Brasil é expressivo, assim como as oportunidades de expansão da indústria na região. “O Brasil é o maior mercado da aviação na América Latina e no Caribe, mostrando um crescimento sustentado, com potencial para impulsionar a recuperação econômica do país e vislumbrando oportunidades impressionantes nos próximos anos. Ainda há muitos desafios adiante, mas o panorama é positivo e se espera duplicar o tráfego de passageiros nos próximos 10 anos”, completou.

 

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