Oceanário de Lisboa anuncia ampliação
   26 de agosto de 2019   │     19:00  │  0

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O Oceanário de Lisboa comemorou 21 anos de funcionamento, com o anunciou da expansão da estrutura do complexo localizado no Parque das Nações em Lisboa. Segundo, José Soares dos Santos, o presidente do Conselho de Administração da Fundação Oceano Azul a decisão é conseqüência do crescimento do público que cada vez mais aumenta. “Ou expandimos o edifício, para continuar a dar uma boa experiência e albergar visitantes, ou subimos os preços. A decisão é adicionarmos mais espaço. Se queremos manter a qualidade, temos de expandir o edifício”,

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O  espaço “Seathefuture” será inaugurado, pelo presidente executivo do Oceanário de Lisboa, João Falcato e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, ano passado numa cerimônia de celebração do 20.º aniversário do Oceanário de Lisboa e que contará ainda com o Governo em peso. Além do primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e a ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marque, prestigiaram o evento.

O primeiro ministro de Portugal, António Costa e o ministro da Ciência, Manuel Heitor, visitaram o Pavilhão do Conhecimento, que durante a exposição mundial foi o Pavilhão do Conhecimento dos Mares. Agora é a casa da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, que vai entregar ao primeiro-ministro as chaves do pavilhão e, entre outras iniciativas, é inaugurada uma exposição de esculturas construídas com lixo recolhido nas praias e no mar.

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Projeto de expansão

O projeto da expansão do edifício é um assunto classificado como  confidencial, disse ainda José Soares dos Santos. Segundo ele o arquitecto é o mesmo que fez o Oceanário de Lisboa, Peter Chermayeff. José Soares revelou ainda que não se pretende repetir o tanque central.“Seria um erro repetir o tanque central, que é único. Mas o que estamos à procura? Que outras experiências e espaços precisamos para servir melhor o projeto da Fundação [Oceano Azul]? Não sabemos ainda”, declarou ele .

O projeto de expansão precisará de uma negociação com o Governo, pois a concessão atribuída ao Estado desde 2015. José Soares dos Santos deseja as obras começassem em 2020 ou 2021, mas evitar comentar qual o investimento que será realizado, embora o valor tenha vazado e que poderá chegar aos sete milhões de euros.

No investimento previsto para ser realizado estão melhorias no sistema de aparelhos de ar condicionados , do chão ou o tecto, além de um espaço novo para a loja e a restauração, a que se denominado  Seathefuture.

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Cerca de 30% dos produtos colocados à venda na loja do oceanário são sustentáveis, tendo em atenção, por exemplo, os materiais usados ou a sua origem. “Vamos comprometer-nos que, em três anos, teremos 95% de produtos sustentáveis na nossa loja.” E, para a zona de restauração, o chef Kiko foi convidado para criar uma ementa sustentável, com pouco impacto ambiental.

Uma geração azul

Um dos projeto criados pela Fundação Oceano Azul, segundo o seu presidente executivo, Tiago Pitta e Cunha, foi a criação de uma “geração azul”. No próximo ano lectivo, a partir de Setembro, irá começar um projeto-piloto nas escolas do município de Mafra, entre os alunos do primeiro ao quarto ano de escolaridade. “Estamos a ultimar materiais e conteúdos.” A ideia, acrescentou Tiago Pitta e Cunha, é alargar a iniciativa a outras escolas até chegar a nível nacional.

Alerta

Além da literacia do oceano, a Fundação Oceano Azul quer dedicar-se à conservação da natureza. Por exemplo, quer propor a criação de áreas marinhas protegidas. É nesse objectivo de obtenção de mais conhecimentos científicos e de conservação que se enquadra a próxima expedição oceanográfica que a Fundação Oceano Azul vai fazer nos Açores, em colaboração, entre outros, com o projeto Mares Pristinos da National Geographic Society. A partir de 3 de Junho, a expedição será a bordo do navio Santa Maria Manuela e conta ainda com o navio Almirante Gago Coutinho, da Marinha Portuguesa, e o robô submarino Luso, da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.

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Lançar campanhas de sensibilização de espécies específicas é outro dos objectivos. A conservação do cavalo-marinho-de-focinho-comprido (hippocampus guttulatus) da ria Formosa, a casa da maior população desta espécie que ocorre por todo o mar Mediterrâneo, é uma dessas campanhas urgentes tanto nas escolas como entre as autoridades de fiscalização. Se por volta de 2001-2002 havia cerca de dois milhões de cavalos-marinhos na ria Formosa, em 2008 estimavam-se em apenas 120 mil. A perda de habitat devido às atividades humanas é uma das causas do declínio, mas Tiago Pitta e Cunha alertou que os cavalos-marinhos também estão a ser afetados pela “pesca ilegal”.

 

 

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