IMA pede interdição definitivamente do aterro sanitário de Maceió
   26 de julho de 2019   │     11:16  │  1

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) anunciou que vai recomendar a interdição definitiva do aterro sanitário de Maceió, por não ter licença de funcionamento e não  atender mais as condicionantes constantes no Termo de Ajusta de Conduta do Ministério Público Federal (MPF), que possibilitou a sua operacionalização.

Licença vencida desde 2016

O comunicado foi realizado pelo presidente em exercício do IMA, Leonardo Lopes, em entrevista agora pela manhã à imprensa na sede do órgão. Segundo ele não há mais condições do aterro sanitário continuar funcionando, pois está uma local, que oferece muitos riscos a população e ao meio ambiente. Lopes declinou um longo histórico de denuncias e irregularidades cometidas no funcionamento do aterro.

Em pouco menos e dois meses, o IMA já constatou através de analise laboratorial, que o chorume “tratado” pela empresa Estre, não está dentro dos padrões ambientais exigidos pelo Conama. Mesmo assim o chorume vinha sendo despejado no Riacho Jacarezinho, que por sua vez desagua nas praias de Litoral Norte.

Barragens de chorume sangrando

O resultado do exame atestou a presença de metais pesados altamente perigosos a saúde humana e ao meio ambiente, além disso os moradores próximos ao aterro, movem também uma ação judicial que pede o encerramento do funcionamento do aterro, sob a alegação de que está prejudicando a vida das comunidades existentes em sua volta, com ao odor consequência do mau funcionamento dos queimadores de gases, proliferação de moscas e o perigo de rompimento das barragens armazenam o chorume.

Leonardo Lopes disse ainda que o IMA não concorda, nem mesmo com a elaboração de um novo TAC, para continuidade do funcionamento do aterro sanitário de Maceió, pois há mais espaço nem meios técnicos, pois está localizado em uma área de expansão urbana da cidade e representa um perigo para contaminação de recursos hídricos da bacia hidrográfica do Pratagy e também as praias.

Carretas-tanque com chorume apreendidas jogando o produto no meio ambiente

A constatação de que o aterro sanitário não tem mais condições de continuar funcionando foi a apreensão das carretas-tanques com chorume e que vinha sendo jogado em uma área próximo ao aeroporto.

O IMA informou que a empresa Ester não tinha autorização para retirar o chorume dos tanques do aterro e muito menos para transportá-lo, o que caracteriza outro crime. Os veículos foram apreendidos pelos policiais do Deic, sob o comando do delegado Cayo Rodrigues, numa operação aplaudida pela opinião pública.

A desconfiança é que o chorume vinha sendo retirado dos tanques do aterro, para aliviar a pressão do líquido sobre o paredão de contenção, que vem sangrando devido ao saturamento de sua capacidade.

 

COMENTÁRIOS
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  1. Pamn

    Isso é muito grave para o meio ambiente, saude da população e causaria um colapso no turismo e no setor Imobiliario em uma cidade que já vem sofrendo muito.
    As autoridades competentes precisa tomar providências urgentes. Já não basta os problemas do pinheiro!!!

    Reply

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