Os brasileiros precisam parar de falar mal do Brasil, recomenda missão portuguesa
   1 de junho de 2019   │     10:04  │  0

Todo país tem seus problemas, mas eles se tornam maiores quando a população potencializa as falhas, segundo os integrantes da missão portuguesa que está visitando Alagoas, com o objetivo de realizar intercambio de negócios nas áreas de turismo, tecnologia e agronegócios.

A comitiva está em Maragogi, segundo polo de turismo do Estado, onde realizou na sexta-feira (31), no Instituto Federal de Alagoas (IFAL) palestras para empresários do trade turístico, professores do Instituto e integrantes do governo municipal.

A iniciativa foi da empresa MZT Comunicação e Marketing, Instituto Gestar com o apoio do Governo do Estado, através das Secretarias de Desenvolvimento e Turismo, Secretaria de Cultura e Secretaria de Agricultura, além da Prefeitura de Maragogi e ABIH/AL.

O prefeito Sérgio Lira recebeu a comitiva portuguesa e agradeceu a oportunidade de colaborar com vinda do grupo, que trouxe para o município o conhecimento da experiência de Portugal na atividade turística, assim como informações estratégicas de como investir na reconquista do mercado português, que deixou de enviar turistas para Maragogi, há quatro anos.

O empresário Luís Cláudio, presidente do Convention Bureau Costa dos Corais, disse que o destino Maragogi, gostaria de voltar a receber os grupos de portugueses e indagou os motivos porque cessaram as operações. O diretor executivo da empresa portuguesa Núcleo Inicial, esclareceu dizendo que o Brasil deixou de realizar ações de divulgação, o que fez cessar a vendas dos pacotes.

Segundo ele outro problema foram a avalanche de notícias em Portugal, sobre o aumento da violência, principalmente no Rio de Janeiro. “É preciso que se faça um trabalho de informação estratégica, esclarecendo que o Brasil não é só o Rio de Janeiro e que tem lugares como Alagoas, que tem se tem segurança pública e um dos menores índices de violência do país e da América Latina. Isto é muito importante para motivar não só os portugueses, mas como também os franceses e espanhóis a virem ao Brasil”, recomenda ele, que é consultor de negócios na Comunidade Europeia, Canadá e Estados Unidos.

Nuno Mendonça, nunca tinha vindo ao Brasil e ficou surpreso, como o potencial turístico de agronegócios. “Vocês estão a perder dinheiro no mercado internacional. Alagoas tem produtos que a Europa precisa e temos como colocar a venda através de Portugal”, disse ele, que está acompanhado do diretor executivo do Parque Tecnológico de Óbidos, Miguel Silvestre, que fez uma explanação sobre a estratégia que levou Portugal conquistar destaque no cenário internacional, como um dos lugares mais procurados no mundo pelos turistas.

Segundo ele o uso o marketing e da tecnologia digital foram fundamentais, aliado ao conteúdo jornalístico com publicidade positiva. Miguel Silvestre disse ainda que todos países têm seus problemas. “Mas eles ficam maior quando a população só fala mal de sua pátria. Mudamos nossa forma de falar sobre Portugal para o mundo. Mostramos nossos pontos positivos, história, cultura, gastronomia e tranquilidade”, disse que ele.

Multiplicar informações positivas nas diversas ferramentas digitais nas redes e principalmente com o comentário de formadores de opinião, como os jornalistas especializados é fundamental para dar credibilidade na divulgação dos destinos turísticos. “Os portais de viagens aliados às plataformas de digitais facilitam as vendas dos serviços de turismo e foram fundamentais”, destacou o diretor de tecnologia.

Parque Tecnológico de Óbidos

A missão portuguesa encerra hoje sua agenda em Alagoas, em Maragogi, onde hoje a tarde realiza uma reunião de trabalho, com os representantes da empresa MZT Comunicação e Marketing, NexOpinion, Núcleo Inicial, Instituto Gestar e Parque Tecnológico de Óbidos, para planejar o agendamento das reuniões setoriais com empresários alagoanos interessados em visitar o Parque Tecnológico de Óbidos, com o objetivo de estabelecer empresas e escritórios de representação para iniciar os trabalhos de exportação de produtos e venda dos destinos turísticos.

“Quem tem visão estratégica de mercado, não vai perder a oportunidade de ter captação de lucro em mercados internacionais estáveis e altamente rentáveis, além de se não ter abalos políticos”, aconselha Nuno Mendonça, diretor executivo da  empresa Núcleo Inicial e consultor de negócios na Comunidade Europeia, Canadá e Estados Unidos.

 

 

 

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