Crise na Argentina causa queda de 30% em Alagoas no fluxo de turistas
   9 de janeiro de 2019   │     12:00  │  1

 

Fotos: Mozart Luna

Crise na Argentina fez triplicar o número de moradores de rua

A Crise econômica na América Latina afetou o fluxo internacional de turismo em Alagoas, fazendo cair 30%, a demanda de turistas latinos. Fato confirmado pelo presidente da Associação Brasileira da Industrias de Hotéis (ABIH) em Alagoas, Milton Ênio Vasconcelos, que destacou o mercado argentino, devido a crise economia que a aquele país mais uma vez passa.

Mas graças ao mercado emissor brasileiro, a situação foi suplantada, pois o destino Maceió continua em alta graças a fluxo nacional, já que o turista brasileiro encontra em Alagoas um estado com potencial natural lindíssimo, também sendo o mais seguro do Brasil para o turismo. Fruto do trabalho do governo do estado.

O mercado de turismo latino americano, historicamente sempre foi instável e as várias crises que abalaram o fluxo emissivo, em países como Argentina e Chile, tem gerando reflexos com prejuízos e danos – muitas vezes irreversíveis no parque hoteleiro em Maceió – com o fechamento de empreendimentos turísticos.

Foto:Mozart Luna

Argentina já tem 35% de desempregados que realizam protestos todos dos dias em Buenos Aires.

“Qualquer abalo político no Continente Latino causa o chamado efeito dominó em países de economia frágeis, que têm suas atividades de produção baseadas na agricultura de exportação de poucos produtos. Um exemplo é a Argentina, que tem na exportação de carne bovina e cereais sua grande fonte econômica”, lembra um empresário hoteleiro, que está na atividade há mais de 20 anos.

 

Desemprego na Argentina

Alagoas viveu até setembro de 2018, um boom de turistas argentinos e chilenos. Entretanto a forte crise econômica, que se abateu sobre Argentina, fechou empresas e o desemprego atualmente bate os 35% da população ativa. A miséria chegou a Buenos Aires, onde o número de moradores de ruas triplicou, aliado a violência urbana.

 

Em 2018 fechou com uma queda de 30%, no fluxo internacional de turistas e a tendência é continuar em 2019, já que a Argentina implantou uma política de cortes em investimentos públicos, para atender ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiu do governo argentino, a implantação de medidas de atração de capital estrangeiros. Neste pacote de maldades do FMI está a restrição da emissão de turista para fora do país e o incentivo para gastar o dinheiro naquele país.  A estratégia proposta pelo FMI e que está sendo implantada pelo governo argentino é atrair turistas de outros países como o Brasil e não incentivar as viagens para fora do país.

Novos hotéis estão sendo construídos em Buenos Aires com financiamentos do FMI. Ao mesmo tempo o governo argentino está incentivando, aos pouquíssimos que têm poder aquisitivo, a não viajar e gastar seu dinheiro na Argentina.

Mercados frágeis 

Investir em um mercado tão fragilizado e vulnerável como é a América Latina é perde recursos importantes. Os empresários mais experientes na atividade turística em Alagoas e que já passaram pelas tempestades das crises econômicas do mercado latino, defendem a busca das conquistas de mercados estáveis, como Europa e Estados Unidos.

Para esse empresário mais experientes a atividade turística em Alagoas precisa atravessar o Oceano Atlântico e se libertar do frágil e intempestivo mercado latino americano buscar solidez em países emissores com economia fortes.

Cuba e Cabo Verde

Um exemplo é a política colocada em prática em Cabo Verde e pelos países do Caribe, principalmente Cuba que tomou do Brasil – segundo um operador de turismo de Portugal – 30% do fluxo de turistas portugueses.

Para isso o governo cubano vem realizando uma campanha de marketing agressiva, aliada a medidas que isentam as companhias aéreas de taxas aeroportuárias, além do subsidiar 10% do combustível dos aviões em voos charters.

Para os hotéis, o governo cubano implantou um sistema de permuta fiscal, que possibilita praticamente a isenção de impostos, o que fez a diárias dos hotéis caíram 25% em média, em relação aos hotéis no Brasil, e que em Alagoas estão defasadas, em relação ao restante outros destinos turísticos do mesmo nível. Segundo ainda empresários da hotelaria, os valores das diárias dos hotéis em Maceió são os mesmos desde 2016, consequência da crise econômica.

O mercado internacional de turismo, portanto, exige visão de investimentos para obtenção retorno das ações. Quem não tiver essa perspicácia do mercado de turismo sustentável, opta erradamente por investir em mercados no “fundo de quintal”, com os efeitos gangorra da economia Latina Americana.

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