MP tenta evitar conflito entre donos de bugres em Maragogi
   11 de junho de 2017   │     9:21  │  0

 

O Ministério Público está tentando encontrar um entendimento entre as duas associações de bugres que realizam passeios nas praias de Maragogi. O conflito começou quando uma das entidades denominada Rota Verde também passou a realizar o mesmo percurso pela Associação dos Bugres de Maragogi (ABM)

Esta rota foi elaborada seguindo determinação do Instituto do Meio Ambiente (IMA), depois que o Instituto Chico Mendes para Preservação Biodiversidade (ICMBio) determinou que era proibido a circulação de veículos automotores na faixa de areia. A resolução causou a realização de várias reuniões com os órgãos ambientais e a ABM, resultando na elaboração de uma alternativa, respeitando as normas ambientais estabelecida.

Para isso a ABM investiu na realização de um estudo técnico que apresentando aos órgãos ambientais e dada entrada em requerimento de licença ambiental, que segundo, Flávia Silva, representantes da ABM, concede o direito apenas a esta associação a realizar a chamada rota alternativa.

 

Entretanto os integrantes da rota verde, também passaram a realizar essa mesma rota e teriam também dado entrada no IMA, solicitando a mesma licença ambiental para fazer a rota alternativa. O fato vem gerando uma séria de conflitos entre as duas associações, ficando o relacionamento bastante tenso e houve trocas de acusações e agressões verbais.

Direito

Segundo José Leno, diretor da ABM somente a sua entidade está autorizada a realizar a rota alternativa, já que investiu na elaboração de um estudo técnico ambiental. para continuar fazendo o passeio com os turistas e assim gerando emprego e renda.

Além disso, segundo ainda ele, a ABM é a pioneira e se preocupa com a qualidade do serviço, investindo na capacitação dos seus integrantes, fiscalizando as condições dos carros e principalmente sendo parceria dos órgãos ambientais colaborando na fiscalização.

Segundo ainda José Leno a associação rota verde, foi criada se propondo a realizar apenas passeios ecológicos na zona rural de Maragogi, visitando engenhos, trilhas ecológicas e comunidades rurais, mas agora vem invadindo a rota criada pela ABM.

“Nós estamos bastante preocupados com a exploração da rota alternativa por pessoas integrantes de outra associação, muitos dos quais não têm sequer carteira nacional de habilitação (CNH) ”, disse ele.

Ministério Público

A promotora de justiça, Francisca Paula, disse que vem tentando um acordo entre as duas associações de bugres que realizam os passeios em Maragogi. Segundo ela nenhuma das duas entidades possuem licença para realizar os passeios, mas que por se tratar de uma atividade de interesse coletivo e que gera emprego e renda no município, o MP está buscando um entendimento.

A promotora disse que já realizou uma reunião com os representantes das duas entidades semana passada, mas que não se chegou a nenhum acordo e que dia 21 ocorrerá outro encontro entre dos representantes das duas entidades, para decidir finalmente o que será feito. No entendimento dela as duas associações têm diretor a explora a chamada rota alternativa, liberada pelo IMA.

Segundo ainda a promotora se não houver entendimento, o assunto poderá ser resolvido pela esfera federal, já que toda região pertence a Área de Preservação Ambiental (APA) sob a responsabilidade do ICMBio que poderá decretar a proibição da circulação de todos. “ Espero que eles se entendam para evitar o fim dessa atividade tão importante para o turismo e para geração de emprego e renda”, finalizou ela.

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