Interdição de empreendimentos turísticos no Sertão pode causar desemprego de 7 mil trabalhadores
   7 de dezembro de 2016   │     8:42  │  0

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Enquanto Alagoas cresce como destino turístico no cenário nacional demonstrando com números, que vem se consolidando como um grande destino nacional, os órgãos ambientais federais agem em sentido contrário interditando empreendimentos, que estão iniciando suas atividades em regiões que necessitam tanto de geração de emprego e renda, como o sofrido Sertão. As operações de Fiscalização Preventiva Integradas  (FPI) têm sido elogiadas pela população por buscar resolver problemas de agressão ambientais e de saúde públicas graves.

Diz do ditado em latim “Dure Lex Sed Lex”, (A lei é dura, mas é lei), entretanto o bom senso também deve ser observado na aplicação da lei, já que ela existe para regular as relações de direitos e deveres em sociedade, buscando sempre o bem estar do ser humano, dentro o que é justo e correto.

Dentro dessa perspectiva do direito, vale lembra anda que a operação deveria ser preventiva, orientadora e educativa e não punitiva, como foi no caso dos empreendimentos turísticos interditados em Delmiro Gouveia, Olho D´Água do Casado e Piranhas, que empregam – segundo o fórum Caminhos do São Francisco – cerca de 7 mil pessoas direta e indiretamente e em pleno inicio da alta estação de férias e turismo.

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Vale ressaltar que esses empreendedores são agentes voluntários que praticam e disseminam a conscientização de preservação ambiental, como o caso do empreendimento Reserva ecológica do Castanho que é uma Reserva Privada do Patrimônio Natural (RPPN), que é mantido sem nenhuma ajuda dos órgãos federais.

Esses empreendedores são pioneiros “atrevidos”, porque resolveram investir em uma  região que possui os piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do país, com recursos próprios sem nenhuma linha de crédito do governo federal, ou estadual, apenas com a impetuosidade e coragem de acreditar, que podem transformar o Sertão em um destino turístico, gerando emprego e renda.

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Essa determinação desses empreendedores chamou a atenção de produtores de telenovelas e filmes, como Cordel Encantado, Velho Chico e até de programas de TV como Ana Maria Braga que levou para o Brasil as imagens do potencial turístico do sofrido Sertão do Nordeste. Ações como essas deveriam ter o apoio e a orientação e dos órgãos federais e estaduais, principalmente daqueles ligados a preservação ambiental.

 

Punir esses empreendedores interditando seus empreendimentos e aplicando multas altíssimas, fora da realidade financeira deles é sugerir que abortem iniciativas de geração empregos e renda no Sertão. O manifesto entregue na última terça-feira, ao secretário estadual de turismo e ao governador Renan Filho, relatando a preocupação dos empresários deverá ser levado também a Brasília, para o ministro do turismo Marx Beltrão e terá outros desdobramentos. Vamos acompanhar o desenrolar dos fatos e desejamos que tudo se resolva dentro do bom senso proporcionando a consolidação do turismo na região sempre respeitando a legislação ambiental e o direita a sobrevivência daquela população tão sofrida.

 

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