Monthly Archives: agosto 2016

Cortes no orçamento atinge aeroportos em Alagoas
   25 de agosto de 2016   │     8:33  │  1

 

AEROPORTO DE MARAGOGI

Os aeroportos de Penedo e Arapiraca não serão construídos este ano, já que estão dentro da relação dos cortes para o setor, anunciado pelo presidente Michel Temer (PMDB) está semana. Já o de Maragogi devido ao apelo forte do setor turísticos e da demanda prevista, ainda existe a esperança, mas vai depender do desempenho da bancada federal e principalmente do ministro alagoano, Marucío Quintella Lessa (PR).

O presidente reduziu de 270 para 53 o número de aeroportos que serão construídos este ano e a prioridade será para região Amazônica, onde este tipo de transporte é fundamental para salvar vidas e manter cidades abastecidas com alimentos e medicamentos.

A informação já havia sido comentada na coluna Integração da Gazeta de Alagoas, em 21 junho desse ano e agora foi confirmada pelo presidente da República, Michel Temer. O ministro alagoano Maurício Quintella bem que tentou manter os aeroportos de Alagoas na relação de beneficiados, mas não conseguiu e agora a esperança é conseguir emplacar pelos menos de Maragogi .

Serão necessários R$ 2,4 bilhões para os investimentos previstos nos 53 aeroportos até 2020. Quintella diz ter assegurado, até o momento, metade desse dinheiro, o que  representará desembolso anual de R$ 300 milhões

O governo da presidente Dilma Rousseff havia disponibilizado R$ 7,3 bilhões, para atender a 270 aeroportos regionais. O corte dado no orçamento foi radical baixando para os valores para R$ 2,4  bilhões que ser utilizados a 41 aeroportos, mas terminou sendo ampliada para 53. Os projetos de aeroportos, que tenham distância inferior a 150 quilômetros serão, jogados na gaveta.

Além dos 53 aeroportos, o governo terá uma lista de outras 123 unidades que poderão receber investimentos à medida que a situação econômica melhorar ou se os Estados assumirem os projetos.

Em São Paulo, por exemplo, havia a previsão de investir em 19 aeroportos regionais. Agora, serão apenas dois, em Sorocaba e no Guarujá. Outros seis já foram repassados ao governo estadual para que sejam feitas concessões.

Além da falta de dinheiro, a lista de aeroportos foi reduzida porque 94 projetos foram considerados inviáveis. Ficavam perto de aeroportos já em operação, estavam previstos para locais inadequados, como áreas de preservação, ou não havia demanda.

Maragogi pode ser realizado contemplado

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Dos aeroportos que vão receber investimentos, 27 já recebem voos atualmente. Outros 11 estão numa lista que a Associação das Empresas Aéreas publicou em 2012 pedindo prioridade para injeção de recursos por causa do potencial de demanda. Segundo o ministro, a escolha dos aeroportos se deu em acordo com os Estados, bancadas no Congresso e companhias aéreas.

Como os campos de pouso de Penedo e Arapiraca – que se transformariam em aeroportos regionais – não possuem voos regulares deverão ficar fora da relação de obras a serem executadas.

Já no caso do projeto do aeroporto de Maragogi, onde existe um apelo muito forte devido ao fluxo turístico constante todo ano, a obra poderá ser incluída, dependendo principalmente da intervenção da bancada federal e principalmente do ministro alagoano, Maurício Quintella Lessa.

Por enquanto a prioridade é para região amazônica, onde a aviação tem uma função “social”. Dos 41 aeroportos para serem construídos, 12 estão na região amazônica.  A nova equipe de governo classificou o Programa de Aviação Regional da presidente Dilma Rousseff de megalomaníaco e por isso fez um corte linear, sem observar, por exemplo, necessidades da atividade turística, como Maragogi. O projeto de construção do aeroporto de Maragogi é uma promessa de 15 anos, que nunca foi concretizada

“FPI ” no turismo para garantir qualidade dos serviços
   23 de agosto de 2016   │     8:50  │  0

 

 

CAMINHÃO DE LIXO VALENDO

A busca de um serviço de qualidade na atividade turística deveria ser uma constante dos empresários do setor para garantir a boa imagem do destino em Alagoas. O assunto vem sendo discutido entre operadores de turismo que se preocupam com consolidação da imagem do turismo em nosso estado e cobram também dos órgãos públicos ações nesse sentido.

Ações como a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) deveria ser realizada também em Maceió e nos hotéis e restaurantes dos litorais Sul e Norte. A princípio com fins educativos e orientadores nesse primeiro momento, dando prazo para que os empresários se regularize com as normas sanitárias e ambientais.

Tudo isso com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado ao turista e dando até mesmo um certificado de “ambiente limpo e ecologicamente correto”. Seria um FPI do turismo, tranqüilizando aos nossos visitantes, demonstrando que aqui se pratica o turismo responsável e saudável.

COZINHAS

Nosso blog consultou vários empresários da atividade hoteleira sobre assunto. Muitos já realizam por iniciativa própria fiscalização, através de auditorias internas, que avaliam a qualidade do serviço.  Segundo eles o resultado tem sido muito bom, pois descobriram a solução para problemas. Um deles foi o armazenamento do lixo recolhido no hotel e colocado em uma área para o transporte realizado pela coleta público.

A maioria dos municípios do interior não possui uma coleta de lixo regular, nem veículos apropriados para isso. Uma das soluções encontradas foi à contratação de empresas para coleta de lixo, como fazem os hospitais. Toneladas de lixo são armazenadas pelos hotéis e ficam dias apodrecendo, aguardando o recolhimento pela coleta pública que realizada em veículos de carroceria aberta.

Esse é um problema ambiental e sanitário que precisa ser resolvido urgentemente, com fiscalização. Não será jogando o lixo debaixo do tapete que vamos conseguir resolver o problema. É necessário responsabilizar as prefeituras com relação à periodicidade fixa do recolhimento do lixo nos hotéis.

depoisto de lixo

O lixo acumulado dentro dos hotéis causa outro problema que é a proliferação de insetos e a presença do Chorume, que penetra no lençol freático e contamina a água, que muitas vezes é utilizada pelo próprio hotel. Tudo isso contribui para o surgimento de doenças.

A ação de fiscalização pública envolvendo a vigilância sanitária estadual, Instituto do Meio Ambiente (IMA), DER, Delegacia Regional do Trabalho, Ministério Público deveria começar antes da alta estação para garantir que os problemas sejam resolvidos de imediato, garantindo assim uma temporada tranquila.

Ação ambiental limpa praia para chegada das tartarugas no litoral Sul
   17 de agosto de 2016   │     21:00  │  0

 

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O litoral alagoano se prepara para receber a partir do mês de novembro visitantes ilustres, que  procuram nossas belas praias para colocar ovos. Os visitantes são as tartarugas marinhas. Animais que vivem no mar e realizam esse ritual de procriação há milhões de anos e necessitam da proteção de todos para continuar sobrevivendo no planeta.

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Na praia de Jacarecica do Sul, localizada  município de Jequiá da Praia, litoral Sul de Alagoas, uma ação ambiental – objetivando preparar o local para chegada dessas convidadas especiais – foi realizada por alunos da rede municipal de ensino e patrocinada pelo complexo de ecoturismo de  Dunas do Marapé.

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Na programação consta além da limpeza das areias a realização de palestras de educação ambiental, com o intuito de disseminar a consciência de preservação do meio ambiente e desenvolver nos jovens o sentimento de responsabilidade com as futuras gerações. A ação contou a participação de mais de 50 alunos da rede municipal de ensino, na faixa etária entre 6 e 14 anos.

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Os alunos foram até  praia de Jacarecica do Sul, onde recolheram lixo trazido pelas marés. Segundo o guia Albanir Augusto, que coordenou a ação promovida pelo complexo de ecoturismo Dunas do Marapé, o lixo que chega a praia é jogado pelos navios que passam pelo nosso litoral. Segundo ele, esse lixo é composto principalmente por sacos plásticos e garrafas pet. “Os sacos plásticos têm causado a morte de muitas tartarugas marinhas que engolem o lixo pensado que são águas vivas,principal fonte de alimentação delas”, disse ele.

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A praia foi limpa pelos estudantes e ambientalista que participaram da ação ambiental. O local também é monitorado por voluntários, que fiscalizam para denunciar a presença de veículos que circulem na área, além de não permitir que estranhos cavem a areia em busca dos ninhos das tartarugas.

O local passou a  merecer maior atenção depois que circulou nas redes sociais um vídeo que chocou a todos, onde os filhotes de tartarugas marinhas eram esmagados criminosamente por veículos alugados aos turistas, um crime ambiental inafiançável e que pode causar prisão que vai de cinco meses a seis anos de prisão. Depois desse ocorrido o Ministério Público proibiu a circulação de veículos nas praias daquela região.

Bugres em Maragogi
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O Instituto  Chico  Mendes de preservação da Biodiversidade (ICMBio) também decidiu por fim à circulação de veículos em toda faixa de areia das praias do litoral Norte de Alagoas. A determinação existia desde 2013, mas nunca foi colocada em prática já que havia uma negociação para elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduto (TAC) com a Associação dos Bugueiros de Maragogi para liberar rotas alternativas.
Atualmente circula pelas praias da região uma frota de 44 bugres credenciados pela Associação, fato que tem gerado muitos debates entre empresários donos de hotéis, turistas e ambientalistas.
O ICMBio anunciou que será realizada uma mega operação para se fazer cumprir a legislação ambiental e quem for pego circulando nas praias terá o veículo apreendido e notificado com multas que vão de R$ 500 a R$ 10 mil.

Festival Inverno de Mar Vermelho terá apresentação Paula Fernandes
   10 de agosto de 2016   │     7:42  │  0

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Tudo pronto para o Festival de Inverno em Mar Vermelho, cidade localizada a 120 quilõmetros de Maceió tendo como atração principal a cantora Paula Fernandes , que canta no sábado, além de Petrúcio Amorim e Davidson Silva.  Na programação está previsto também apresentações culturais.

A cidade de Mar Vermelho está localizada na zona da mata de Alagoas a mais de 600 metros de altitude e é conhecida como a “Suíça Alagoana”, já que possui um clima de serra com muitas fontes de águas minerais. Esse ano a temperatura já foi  registrada a temperatura de  12 graus e a noite pode chegar a 10 graus. O nome da cidade se deu graças a grande presença de gravatás, uma espécie de arvora da região, que na época da floração deixar cair no chama flores vermelhas, formando o “mar vermelho”.

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Flores vermelhas

A o município possui um  clima serrano, e, por ser frio e seco, é aconselhado pelos especialistas para auxiliar no tratamento das doenças do aparelho respiratório. Um dos pontos turísticos da cidade é, a Lagoa Vermelha, abençoada pelo Cristo Redentor no alto da cidade.

As festividades também atraem muitos visitantes, destacando-se: o carnaval, as festas religiosas – incluindo-se a da padroeira, Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro) – e o Festival de Inverno, um grande evento que que já está inserido no roteiro cultural alagoano.

Os primeiros festivais ficaram na histórica quando trouxe atrações como Elba Ramalho, Alceu Valença e Fagner. Fizeram parte ainda desse show, cantores regionais e shows católicos, além das apresentações culturais do município e da região.

A edição de 2016 do Festival de Inverno que será realizada nos dias 12 e 13 de agosto já está fechada para receber marvermelhensese turistas neste que se transformou em dos maiores eventos culturais de Alagoas.O público vai mergulhar em um universo cultural, composto de grandes shows musicais e tendo como pano de fundo, o deslumbrante cenário das serras alagoanas.

As atrações do dia 12, atrações culturais e o missionário Davidson Silva e no dia 13, Paula Fernandes, Petrúcio Amorim, Time Machine. Estima-se que o evento reunirá cerca de vinte mil pessoas e mostrará suas potencialidades prometendo agitar o inverno na região com muita cultura, arte e diversão.

Pelo horário programado para a festa, às 16h00, o Festival tem a proposta de festa familiar, atraindo pessoas de todas as faixas etárias.

O Festival de Inverno é um evento de grande importância para fomentar a economia local e gerar emprego e renda não só para a população marvermelhense, mas também para população circunvizinha, contribuindo para o desenvolvimento da zona da mata de Alagoas.

 

Todo o evento é realizado com muito carinho para receber os turistas, com segurança, banheiros e praça de alimentação com os “foodtrucks” de comidas e bebidas.

Informações

 

Como chegar:

 

Mar Vermelho fica a cerca de 120 quilômetros de Maceió,  ou seja, duas horas de viagem pela rodovia BR 316 E AL 110. Passando por Atalaia, Capela, Cajueiro e Viçosa.

 

Onde comer e dormir

 

A cidade possui poucas pousadas, que são utilizadas para pessoas a trabalho e também poucos restaurantes, mas durante o Festival de Inverno casas estão sendo alugadas e haverá foodtrucks durante o evento.

 

Recomendações:

 

Levar agasalho e se for voltar para Maceió ou cidades vizinhas após os shows se deve ter muito cuidado com a pista com neblina. Lembrando também que a cidade fica a 600 metros de altitude e, portanto muito cuidado ao descer a serra.

 

 

Começa a época das baleias no mar de Maragogi
   4 de agosto de 2016   │     0:49  │  1

 

 

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Hoje, dia 4 de agosto, completamos 30 dias do blog Meio Ambiente e Turismo aqui na Gazetaweb. Por isso reservamos para essa data uma matéria especial, que foi o registro da baleias jurbates no mar de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas. Coincidentemente, também se inicia hoje o período de acasalamento desses mamíferos exuberantes na costa brasileira. Foi com certeza uma das reportagens que marcaram os meus 25 anos de jornalista.

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Foram 20 dias aguardando o momento ideal para entrar no mar em busca das baleias, que todos  os anos procuram o nosso litoral para se acasalar, entre o período de agosto a outubro. São dezenas de baleias jubartes que cruzam o atlântico todos os anos, passando pela costa brasileira. No Nordeste, um dos pontos mais procurados pelos turistas para ver esses mamíferos maravilhosos é o arquipélago de Abrolhos, no litoral baiano.

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Entretanto, ficamos sabendo, através de pescadores de Maragogi e Japaratinga, que seria possível observar as baleias em nosso litoral, a uma distância razoável, cerca de uma duas horas da praia. E foi aí que embarcamos no barco Filho do Monte 2 rumo ao mar, com a equipe do experiente pescador Ivanildo de Oliveira, também conhecido como Alemão.

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Nossa aventura começou logo cedo, por volta das 5 horas da manhã,  em direção à arrebentação, na passagem entre os arrecifes. O mar balançava o barco moderadamente, o que nos deu no início enjoo, que foi controlado com a ingestão de “Dramin” – medicação usada para evitar esse problema em alto mar.

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Encontramos mais adiante barcos de pesca que tinham saído mais cedo que nós.  Paramos juntos para nos informar sobre as baleias e obtivemos as primeiras informações: “Elas estavam  logo cedo ali, ‘brincando’”, disse um dos pescadores. De imediato, resolvemos continuar rumo ao alto mar, em busca da jubartes.

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O mar, à essa altura, passou a ter uma tonalidade azul escuro e as ondas ficaram mais fortes e altas. O barco balançava agora bastante e logo o enjoo tomou conta dos marinheiros de primeira viagem. Nosso piloto Guinho checava, no equipamento de GPS, o local onde iríamos parar garantir o sucesso da missão.

Por volta das 13 horas, chegamos ao ponto exato,  chamado Cabeço. Os motores foram desligados a 3 milhas da costa. Dava para ver a torre da operadora TIM em Maragogi. Agora tudo dependia da paciência e da disposição física para aguardar as baleias aparecerem.

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Para passar o tempo, começamos a pescar, mas sempre atentos ao mar para avistar as baleias. Os peixes começaram a morder nossa isca. Apenas algumas “mariquitas”, peixes de cor vermelha e olhos grandes e que têm espinhos no dorso, oferecendo risco para quem a pega com a mão sem proteção.

Ela vem chegando

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A expectativa era grande quanto para aparecimento das baleias. Ficamos ali por quase uma hora pescando “mariquitas” e o enjoo era insuportável. Fui o primeiro a vomitar, quando de repente Alemão gritou: “Olha a baleia!”

Todos largaram as linhas de pesca e nossa equipe correu para pegar o equipamento e “mirar”, iniciando as fotos e gravando as imagens daquela enorme barbatana negra, que aflorava na linha d´água. Era uma baleia jubarte fêmea, com seu filhote. Tinha aproximadamente cerca de 30 metros de cumprimento.

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Uma visão maravilhosa, que nos deixou atônitos e extasiados. Uma mistura  de medo e alegria. Logo ligamos o motor do barco, para se aproximar. Mas nem foi preciso a jubarte veio para perto de nós,  como se apresentando junto com o filhote. Uma visão magnífica! Um animal maravilhoso. símbolo da grandiosidade do criador.  Vi ali, no meio daquele mar azul turquesa, diante daquele mamífero magnífico, como somos pequenos.

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Como num clássico do Balé Bolshoi , a mamãe baleia e seu filhote subia e descia no mar, “dançado” para nós. A cena causou grande emoção, até mesmo ao velho e experiente Alemão. A mamãe baleia parecia brincar conosco, passando ao lado do  barco e mergulhando por baixo, saindo do outro lado.

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Manobras que nos deixavam extasiado e também com medo. O filhote não sai de perto da mãe em momento algum. Observamos também que, ao lado da baleia, outros peixes também grandes a acompanhavam. Segundo Alemão, eram as “bicudas”, que acompanham as jubartes em seu percurso pelo Oceano Atlântico.

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Esse foi um espetáculo da natureza e tivemos o privilégio e a exclusividade de ser a primeira equipe de reportagem alagoana a registrar em alto mar a presença e baleias vivas nadando.

Segundo Alemão, a partir daí Maragogi passa a ter mais uma opção de passeio que vai com certeza atrair muitos turistas. “Eu estou pronto para iniciar esse trabalho”, avisa ele, que mora na cidade onde todos o conhecem e que chegou a ser vereador e presidente da Colônia de Pescadores.

A jubarte é conhecida como baleia cantora

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A baleia que vimos é da espécie Jubarte, também conhecida como baleia-cantora, porque emite longos e complexos cantos musicais durante horas (ou até dias), padrões de notas graves que variam de amplitude e frequência repetindo sequências de forma coerente e organizada. As baleias somente cantam durante o período de acasalamento, por isso supõe-se que as canções tenham por finalidade atrair parceiros. Um fato interessante é que a canção, própria de cada baleia, evolui lentamente durante sua vida e nunca volta a uma seqüência de notas já cantada, mesmo anos depois.

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A espécie alimenta-se exclusivamente durante o verão e vive de suas reservas de gordura durante o inverno. É um predador ativo que caça kril, copépodes e peixes em cardumes, como o arenque ( Clupea harengus), o salmão o carapau(Scomber scombrus), o escamudo( Pollachius virens), a arica (Melanogrammus aeglefinus), no Atlântico Norte, seja atacando-os diretamente ou golpeando a água com suas barbatanas para atordoá-los previamente.

A baleia jubarte tem o mais diversificado repertório de métodos alimentícios de todas as baleias.  Sem dúvida, a técnica de pesca mais original da jubarte é a de borbulhas de ar. Esta técnica foi desenvolvida por cerca de 250 indivíduos apenas. Várias baleias formam um grupo que cerca o cardume por baixo e expulsam o ar de seus pulmões, formando uma rede de bolhas que vão forçando o cardume a se concentrar e subir para a superfície. Esta cortina de bolhas serve também para esconder visualmente as baleias até o ataque final, quando estas sobem com a boca aberta, tragando milhares de peixes de uma única vez.

O diâmetro da rede das borbulhas de ar pode alcançar 30 metros.  Algumas baleias assumem a tarefa de criar as bolhas, ao emitir sons, expulsando o ar através de seus espiráculos. Outras mergulham mais em direção ao fundo para forçar os peixes na direção da superfície.